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Companhias aumentam preço de transporte marítimo devido a ataques contra navios no Mar Vermelho

A situação ainda é tensa no Mar Vermelho. Após vários ataques a navios nas últimas semanas pelos rebeldes huthis, empresas de transporte marítimo como a dinamarquesa Maersk decidiram suspender a passagem de seus navios por esta via. Outros, como a francesa CMA CGM vão aumentar suas tarifas a partir de 15 de janeiro. 

Contêiners do transportador dinamarquês Maersk, no Canal de Suez, Egito, em 7 de julho de 2021. Imagem de ilustração.
Contêiners do transportador dinamarquês Maersk, no Canal de Suez, Egito, em 7 de julho de 2021. Imagem de ilustração. REUTERS - Amr Abdallah Dalsh
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Os ataques realizados pelos huthis contra vários navios cargueiros no Mar Vermelho forçaram, nas últimas semanas, os líderes do transporte marítimo a redirecionar alguns de suas embarcações, a contornar a África para evitar a área. Como resultado, com viagens mais longas, a logística tornou-se mais complexa e os preços do transporte marítimo aumentaram.

A transportadora marítima francesa CMA CGM anunciou que vai dobrar suas taxas de frete a partir de 15 de janeiro. O transporte de um contêiner de 40 pés entre a Ásia e o Mediterrâneo Ocidental aumentará de US$ 3.000 para US$ 6.000. Um contêiner de 20 pés, passará a custar US$ 3.500, contra US$ 2.000 atualmente. Para o comércio entre a Ásia e o Mediterrâneo Oriental, a taxa aumenta de US$ 3.200 para US$ 6.200 por um contêiner de 40 pés.

O líder mundial ítalo-suíço, MSC, também aumentou seus preços em 1º de janeiro para compensar o prolongamento do trajeto de seus navios que agora contornam a África em vez de passarem pelo Canal de Suez. A empresa informou em 28 de dezembro um custo adicional de US$ 1.000 a US$ 2.000 por contêiner para o comércio entre o Mediterrâneo e a Península Arábica, a África Oriental ou o subcontinente indiano.

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​Explosões 

Na noite de terça-feira (3), a Agência Britânica de Segurança Marítima (UKMTO) relatou explosões perto de um navio de carga no estratégico Estreito de Bab el-Mandeb, que separa a Península Arábica da África. 

Até três explosões ocorreram entre “1 a 5 milhas náuticas” deste navio que viajava entre as costas da Eritreia e do Iêmen, disse a agência UKMTO numa breve mensagem em seu site. Não houve danos e a tripulação estava “segura”.

Nas últimas semanas, após o início da guerra entre Israel e o Hamas, os rebeldes huthis do Iêmen aumentaram os ataques no Mar Vermelho e no Estreito de Bab el-Mandeb, por onde passa 12% do comércio mundial, segundo a Câmara Internacional da Marinha Mercante (ICS).

Em comunicado de imprensa nesta terça-feira, a empresa dinamarquesa Maersk anunciou a sua decisão de interromper “até novo aviso todos os trânsitos através do Mar Vermelho e do Golfo de Aden”. Mais cedo, outro armador, o alemão Hapag Lloyd, anunciou que seus navios continuariam a evitar o Mar Vermelho e o Canal de Suez, pelo menos até 9 de janeiro, data em que a situação será reavaliada.

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