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Dezenas de bebês prematuros transferidos da Faixa de Gaza chegam ao Egito

Vinte e nove bebês prematuros que ainda estavam no hospital Al-Shifa, em Gaza, depois que o hospital foi evacuado no sábado (18), chegaram ao Egito nesta segunda-feira (20) pelo terminal de Rafah, a única abertura do território palestino para o mundo que não está nas mãos de Israel, informou a mídia estatal egípcia Al-Qahera News.

Um bebê prematuro que foi retirado de uma incubadora no Hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza, é alimentado enquanto recebe tratamento em um hospital em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, 19 de novembro.
Un bébé prématuré est nourri au biberon après son évacuation dans un hôpital de Rafah, le 19 novembre 2023. REUTERS - STRINGER
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Os bebês foram removidos ainda no domingo (19) do hospital, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu como uma "zona de morte", e levados para o hospital Emirates em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Um total de 31 bebês prematuros foram retirados do hospital Al-Shifa, mas não foi possível explicar imediatamente por que apenas 29 chegaram ao Egito. Nesta segunda-feira, quando os bebês chegaram ao país, o canal de televisão Al-Qahera News disse que os bebês estavam em incubadoras conectadas a equipamentos médicos.

Uma fonte médica disse à AFP que não se esperava que todos os bebês pudessem ser tratados no hospital em Al-Arich, a 45 quilômetros a oeste do posto de fronteira de Rafah. "Não há incubadoras suficientes no hospital de Al-Arich e algumas crianças terão de ser transferidas para Ismailia (200 km de distância) ou Cairo (a 300 km)", disse a mesma fonte.

"Infecções graves"

A OMS, que ajudou a transferir os bebês do hospital Al-Shifa para o hospital Emirates em Rafah, disse no domingo (19) que "onze deles estão em estado crítico" e que todos estavam sofrendo de "infecções graves".

"Nenhum dos bebês (dos que foram levados ao Egito) estava acompanhado por um membro da família porque o Ministério da Saúde tem apenas informações limitadas e não consegue encontrar seus pais imediatamente", acrescentou a organização.

O exército israelense fez uma incursão em Al-Shifa na quarta-feira, alegando que o local abrigava uma base do Hamas, o que o movimento islâmico palestino nega.

O ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro matou cerca de 1.200 pessoas em Israel, principalmente civis, de acordo com as autoridades.

Em retaliação, Israel está realizando uma ofensiva em Gaza com o objetivo de "exterminar" o Hamas, o que já causou pelo menos 13 mil mortes, incluindo mais de 5.500 crianças e 3.500 mulheres, conforme o último número de mortos divulgado pelo governo do movimento islâmico.

(Com AFP)

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