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Violência em Gaza deixa pelo menos 31 mortos e Egito tenta negociar cessar-fogo

Sirenes de alerta para tiros de foguetes foram acionadas na manhã desta sexta-feira no sul de Israel, após uma noite de confrontos envolvendo as forças israelenses e a Faixa de Gaza. Nos últimos três dias, os combates deixaram pelo menos 31 mortos e mais de 80 feridos. A explosão da violência entre Gaza e Israel, a maior desde agosto de 2022, começou na terça-feira (9) após o ataque israelense ao movimento Jihad Islâmica, considerado "terrorista" por Israel, União Europeia e Estados Unidos.

Cenas da destruição provocada por ataques israelenses, no norte da Faixa de Gaza, em 12 de maio de 2023.
Cenas da destruição provocada por ataques israelenses, no norte da Faixa de Gaza, em 12 de maio de 2023. REUTERS - MOHAMMED SALEM
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O Egito, tradicional mediador do conflito, iniciou um esforço de mediação entre Israel e a Jihad Islâmica e União Europeia pediu "um cessar-fogo imediato que ponha fim às operações militares de Israel em Gaza e ao lançamento 'inaceitável' de foguetes contra Israel".  

Os Estados Unidos pediram "garantias para evitar as mortes de civis e a redução da violência". O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou que acompanha "com grande preocupação o aumento da tensão em Gaza e Israel".

O responsável do departamento político da Jihad Islâmica chegou nesta quinta-feira (12) ao Cairo e disse que as discussões sobre a obtenção de uma trégua devem ser encerradas nesta sexta-feira. "Esperamos obter um acordo que contemple os interesses do nosso povo e da resistência", declarou. O Egito teria obtido avanços nas negociações.

Mas, pouco antes da meia-noite, o Exército de Israel informou que continuará os ataques contra a Jihad Islâmica.

Segundo o Escritório da Coordenação de Questões Humanitárias da ONU (Ocha), 26 pessoas morreram do lado palestino, entre eles 13 civis e quatro membros de grupos armados.

Civis sucumbem em ataques

Nesta quinta-feira (11), um homem morreu em Rehovot, ao sul de Tel Aviv, e várias pessoas ficaram feridas após a queda de um foguete em um prédio residencial, segundo a polícia e os serviços de emergência. 

O Exército afirma que 25% dos foguetes disparados da Faixa de Gaza caíram nesse território e mataram quatro pessoas, três delas menores de idade. O Exército israelense declarou ter atacado 191 alvos em toda a Faixa de Gaza, incluindo os locais de lançamento de foguetes da Jihad Islâmica.

O grupo afirmou que "os assassinatos israelenses não ficarão impunes" e o Hamas destacou que a "resistência está unificada". O Irã, que apoia a Jihad Islâmica, denunciou as "atrocidades dos sionistas" e prometeu a "derrota" do "regime de ocupação", segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Naser Kanani.

"Eliminamos o responsável pelos ataques com foguetes da Jihad Islâmica em Gaza e o seu adjunto", declarou primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, referindo-se a Ali Ghali e Ahmed Abu Daqqa, líderes da organização palestina. "Já disse antes: quem nos atacar arrisca sua vida e quem o substituir arrisca sua vida", disse ele durante uma visita na quinta-feira a uma base militar.

A Faixa de Gaza, um pequeno território devastado pela pobreza e pelo desemprego, onde 2,3 milhões de palestinos vivem sob o bloqueio israelense, tem sido palco de várias guerras com Israel desde 2008.

Em agosto de 2022, três dias de confrontos entre Israel e a Jihad Islâmica resultaram em 49 palestinos mortos, incluindo 19 crianças, de acordo com a ONU. Mais de mil foguetes foram lançados de Gaza contra Israel e três pessoas ficaram feridas.

(Com informações da AFP)

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