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China reabre fronteiras em meio à onda de contaminações de Covid-19

A China suspendeu neste domingo (8) a quarentena obrigatória para viajantes do exterior, encerrando três anos de isolamento do país. A partir deste domingo, os chineses também estão autorizados a viajarem para o exterior. A perspetiva de um deslocamento maciço de turistas levou mais de uma dezena de países a impor testes a passageiros provenientes da China, onde o número de contaminações explodiu desde o fim abrupto da política “covid zero”.

Uma passageira após passar pela alfândega no Aeroporto Internacional de Hangzhou Xiaoshan, na província de Zhejiang, no leste da China. Em 8 de janeiro de 2023.
Uma passageira após passar pela alfândega no Aeroporto Internacional de Hangzhou Xiaoshan, na província de Zhejiang, no leste da China. Em 8 de janeiro de 2023. AFP - STR
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Com informações dos correspondentes Florence de Changy e Pascal Thibaut

Em Hong Kong, a tão esperada reabertura das fronteiras ocorreu de forma ordenada e calma. O trem em que a correspondente regional da RFI embarcou para o posto fronteiriço de Lok Ma Chau, não estava lotado.

Lok Ma Chau é um dos sete pontos de passagem que estão abertos a partir de hoje e é por lá que devem passar cerca de 70% dos viajantes. As pessoas que vão para a China são facilmente reconhecidas porque muitas vezes carregam malas grandes com rodas e se vestem de maneira mais calorosa do que as pessoas de Hong Kong.

Desde esta manhã, 60.000 pessoas têm direito a passar nos dois sentidos. É muito mais do que as 2.000 ou 3.000 passagens diárias autorizadas até ontem, mas ainda está longe das 500.000 passagens diárias que eram a regra antes da Covid-19.

Comunidade chinesa nos EUA lamenta obrigatoriedade de PCR

Nos Estados Unidos, a comunidade chinesa lamenta a obrigatoriedade dos testes de PCR.  Numa coluna publicada no jornal New York Times, Frankie Huang, um ilustrador sino-americano, teme que esta medida contribua para estigmatizar a comunidade asiática, já visada desde o início da pandemia. “As pessoas continuam a viver com medo e ainda estão emocionalmente fragilizadas. Tenho a sensação de que muitos asiático-americanos acreditam que essa decisão pode causar uma nova onda de violência”, afirma. “É terrível porque o governo tomou medidas para combater a violência contra pessoas de origem asiática durante a pandemia. No entanto, ele também realiza esse tipo de ação que causará mais violência. Parece que nossa segurança não é uma prioridade para o nosso governo Biden”, completa.

Na semana passada, a União Europeia também incentivou seus estados- membros a exigirem testes para viajantes chineses. A Alemanha recomendou que seus cidadãos evitem viajar para a China.

“No momento, estamos desaconselhando viagens não essenciais à China devido ao aumento de infecções e ao sistema de saúde sobrecarregado”, alertou o ministério das Relações Exteriores da Alemanha.  

O instituto de vigilância sanitária Robert-Koch classificou a China desde segunda-feira (2) entre os países onde há ameaça de novas variantes do Covid-19. Os passageiros da China terão de apresentar um teste negativo de Covid-19 a partir de segunda-feira (9), antes de embarcar de avião para a Alemanha. Testes aleatórios ainda podem ser realizados quando os passageiros chegam. Como em outros países, as águas residuais das aeronaves chinesas serão examinadas para detecção de possíveis novas variantes do Covid-19. Estas regras são válidas por três meses

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