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UE e Sudeste Asiático fazem primeira cúpula para dinamizar relações comerciais e investimentos

A União Europeia (UE) iniciou nesta quarta-feira (14), em Bruxelas, a primeira cúpula com a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que apresentou como uma oportunidade para dinamizar as relações comerciais e os investimentos, entre as regiões.

Cúpula UE-ASEAN em Bruxelas, em 14/12/2022
Cúpula UE-ASEAN em Bruxelas, em 14/12/2022 AP - Olivier Matthys
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"Pode ser que haja muitos, muitos quilômetros que nos separam. Mas há muito mais valores que nos unem", disse a presidente da Comissão Europeia (braço Executivo da UE), Ursula von der Leyen, na cerimônia de abertura.

No entanto, apesar das declarações de otimismo e união, persistem divergências nos posicionamentos sobre a guerra na Ucrânia ou sobre as crescentes tensões com a China devido à sua presença numa rota fundamental para o comércio mundial.

Desde o início da ofensiva russa contra a Ucrânia, os países da UE buscam consolidar uma frente global contra a Rússia, para enfrentar as consequências econômicas e políticas desse conflito a nível mundial.

No entanto, os 10 países que formam a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) não estabeleceram uma frente única e mostram diferenças em sua resposta a essa guerra.

Por exemplo, Singapura aceitou as sanções ocidentais contra a Rússia, enquanto Vietnã e Laos - que têm laços estreitos com a Rússia - permaneceram mais neutros.

Junto com a Tailândia, eles optaram pela abstenção em uma votação das Nações Unidas em outubro que condenava a tentativa da Rússia de anexar regiões da Ucrânia ocupadas desde fevereiro.

Reivindicações da China

Além das discussões sobre o tom a ser usado com a Rússia, a questão das relações com a China também é central na cúpula.

As reivindicações do país sobre o mar da China Meridional provocaram tensões com vários de seus vizinhos e levantaram preocupações na Europa sobre os fluxos comerciais nesse canal marítimo fundamental.

A UE considera fundamental se tornar um parceiro de confiança das economias asiáticas, num momento marcado pela crescente rivalidade entre a China e os Estados Unidos.

Na abertura do encontro, Von der Leyen ofereceu um enorme pacote de investimentos, de aproximadamente € 10 bilhões (cerca de US$ 10,6 bilhões) para os próximos cinco anos.

Esta é uma tentativa óbvia de se apresentar à ASEAN como um contrapeso à presença chinesa.

No entanto, ao chegar ao encontro, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, afirmou que há "uma batalha de ofertas na esfera geopolítica, não apenas uma batalha de narrativas. Temos que oferecer mais".

A ASEAN e a UE suspenderam seus esforços para negociar um acordo comercial conjunto há mais de uma década, e o bloco europeu desde então se concentrou em fechar acordos com membros individuais.

(Com informações da AFP)

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