Prêmio Sakharov do Parlamento Europeu é concedido ao povo ucraniano

O Parlamento Europeu anunciou nesta quarta-feira (19) que havia concedido o Prêmio Sakharov de Direitos Humanos de 2022 ao "povo corajoso" da Ucrânia, que enfrenta a agressão das forças russas em seu território desde 24 de fevereiro.

Um homem anda de bicicleta em uma rua danificada por bombardeios em Mariupol, Ucrânia, quinta-feira, 10 de março de 2022. © AP Photo/Evgeniy Maloletka

O Prêmio Sakharov "pela Liberdade de Pensamento" foi concedido pelo Parlamento Europeu ao "corajoso" povo ucraniano que enfrenta a invasão russa. A decisão foi tomada por "consenso" entre os grupos políticos do Parlamento.

"Este prêmio é dedicado aos ucranianos que estão lutando no front. Para aqueles que foram forçados a fugir. Para aqueles que perderam parentes e amigos. A todos aqueles que resistem e lutam por suas crenças", disse a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.

"Sei que o povo corajoso da Ucrânia não vai ceder, e nós também não", acrescentou, enfatizando que os ucranianos também estavam arriscando suas vidas "para proteger os valores em que todos acreditamos: liberdade, democracia, o Estado de direito".

O povo ucraniano sendo recompensado é representado "por seu presidente Volodymyr Zelensky, seus políticos e pela sociedade civil", disse Metsola.

Congratulations to the people of Ukraine, represented by their President @ZelenskyyUa

Their spirit and determination to fight for the values we hold dear is an inspiration to us all.

The EU stands with the brave Ukrainian people.

Now and for as long as it takes. https://t.co/SIsnULZh2m

— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) October 19, 2022

"Parabéns ao povo ucraniano", tuitou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. "Seu espírito e determinação para lutar pelos valores que nos são caros são uma inspiração para todos nós", acrescentou ela. 

No ano passado, o Parlamento Europeu concedeu o mesmo prêmio a Alexei Navalny, o principal nome da oposição ao presidente russo, Vladimir Putin.

Este ano, o fundador do WikiLeaks Julian Assange, que está sendo julgado em Londres, e a Comissão da Verdade da Colômbia, que investiga as violações dos direitos humanos durante o conflito armado com a guerrilha das FARC, também estavam concorrendo ao prêmio.

(Com AFP)