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Covid-19: EUA suspendem 44 voos para a China em resposta às restrições de Pequim

A decisão do governo americano entra em vigor a partir de 30 de janeiro em resposta às restrições chinesas impostas a companhias americanas e seus protocolos contra a Covid-19.

China impõe medidas rígidas em seus aviões para evitar a contaminação pela Covid-19
China impõe medidas rígidas em seus aviões para evitar a contaminação pela Covid-19 REUTERS - ALY SONG
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Para o Departamento de Transportes dos EUA, "as companhias americanas que estão seguindo todas as normas chinesas relevantes relacionadas aos protocolos de pré-embarque e durante o voo não deveriam ser penalizadas". Os 44 voos suspensos por Washington são operados pela Air China, China Eastern Airlines, China Southern Airlines e Xiamen Airlines e estão programados entre 30 de janeiro e 29 de março.

Para a embaixada da China nos Estados Unidos, as medidas de retaliação americanas não são "razoáveis", já que a mesma regra é aplicada de maneira "equilibrada, aberta e transparente" a todas as transportadoras. As companhias aereas estrangeiras alegam que as regras são cada vez mais difíceis de serem respeitadas com a chegada da ômicron. 

População chinesa faz fila para testar contra Covid-19 após a chegada da variante ômicron ao país
População chinesa faz fila para testar contra Covid-19 após a chegada da variante ômicron ao país © Andy Wong/AP

A China impõe controles rígidos em suas fronteiras, que incluem a redução de voos e a interrupção automática de rotas em que sejam registrados contágios excessivos. A medida atingiu 10 voos das companhias americanas American, 14 da Delta e 20 da United Airlines. 

No caso das três empresas aéreas americanas, passageiros negativos para a Covid antes da decolagem testaram positivo após serem examinados na chegada ao país. Desde 2020, a China impede companhias aereas de operar, durante duas semanas, se cinco casos positivos são detectados em um voo. Se mais de dez infecções forem constatadas, a suspensão passa a ser de quatro semanas.

A decisão foi tomada três semanas antes do início dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim. A capital chinesa já suspendeu milhares de voos e aumentou os testes depois de registrar sua primeira infecção comunitária da nova variante no último fim de semana.

Após as autoridades chinesas terem detectado a ômicron em Pequim, milhares de pessoas foram colocadas em isolamento
Após as autoridades chinesas terem detectado a ômicron em Pequim, milhares de pessoas foram colocadas em isolamento © China Daily via REUTERS

Fraldas para não ir ao banheiro

Para evitar as contaminações, as tripulações de companhias chinesas adotam procedimentos drásticos: imagens nas redes sociais mostram a tripulação chinesa abrindo suas malas e retirando suas roupas de proteção nos aeroportos. Eles também são aconselhados a usar fraldas para evitar contaminações indo ao banheiro. 

As aeronaves também passam por procedimentos rígidos: recentemente, um avião da Delta Airlines teve que fazer meia-volta no ar porque não tinha respeitado as normas de limpeza impostas pelo aeroporto internacional de Xangai. As medidas provocaram o aumento do preço das passagens e diminuíram o tráfego aéreo, o que tem levado os expatriados na China a fretarem aviões.

O país fechou suas fronteiras aos viajantes, reduzindo o número de voos internacionais a 200 por semana  - 2% dos níveis de antes da pandemia, segundo a Administração da Aviação Civil da China. Segundo a agência, o tráfego não deve voltar ao normal antes  do próximo ano.

(Com informações de Stéphane Lagarde, correspondente de RFI na China, e AFP)

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