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Em assembleia mundial histórica, OMS debate estratégias para responder a pandemias

A Assembleia Mundial da Saúde realizada de Roma, por videoconferência, é destaque na imprensa francesa desta terça-feira (25). O objetivo da reunião “histórica”, que vai até 1° de junho, é debater estratégias para responder de maneira eficaz a situações de emergência sanitária. 

Imagem da Assembleia da OMS, na segunda-feira 24 de maio de 2021, organizada de maneira remota até 1° de junho, para debater estratégias para evitar novas pandemias.
Imagem da Assembleia da OMS, na segunda-feira 24 de maio de 2021, organizada de maneira remota até 1° de junho, para debater estratégias para evitar novas pandemias. AFP - -
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Para enfrentar uma nova pandemia, não basta apenas "vedar as brechas", será necessário "reconstruir a segurança sanitária mundial sobre bases sólidas, fundamentadas na solidariedade, na igualdade e na continuidade", afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na abertura da assembleia, na segunda-feira (24).

O jornal Le Figaro explica que as discussões dos Estados membros da OMS se baseiam em relatórios sobre a reatividade dos países à pandemia. Um destes documentos, realizado por um grupo independente de especialistas, políticos e membros da sociedade civil, publicado em 12 de maio, afirma que o "desastre mundial" da pandemia do coronavírus "poderia ter sido evitado".

O relatório, coordenado pela economista e ex-presidente da Libéria Ellen Johson e a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark, denuncia a incoerência e a falta de financiamento na preparação para a pandemia, a lentidão do sistema de alerta e a falta de liderança mundial. Para acabar com a Covid-19 no mundo, as autoras do relatório recomendam que as vacinas sejam melhor compartilhadas entre os países, além de uma série de reformas estruturais para impedir que uma epidemia se transforme em pandemia.

O documento defende a transparência das autoridades dos países e que a OMS possa investigar sem autorização prévia em caso de surto epidêmico em uma região, o que não é permitido atualmente. Le Figaro lembra que foram necessários meses de discussões com a China para que uma equipe de cientistas, nomeados com o acordo de Pequim, pudesse ir ao país em janeiro investigar as origens da Covid-19, que ainda não são conhecidas.

Número de mortos subestimado

O balanço oficial de mortos pela pandemia pode ter sido subestimado, diz a matéria do Le Monde, que cita um relatório da OMS revelado na sexta-feira (21). Segundo o departamento de estatísticas da instituição, "entre seis e oito milhões de pessoas" teriam morrido de Covid-19 ou em consequência de seus efeitos colaterais no mundo. No começo de maio, os números oficiais divulgados pelos países membros eram de aproximadamente 3 milhões de vítimas fatais.

Um dos principais pontos obscuros nas estatísticas mundiais é o da situação na China. O balanço oficial de mortos no país é de 4.600 pessoas. Especialistas acreditam que este número seja fortemente subestimado e pedem maior transparência do país.

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