Acessar o conteúdo principal

Coreia do Norte: Relatório revela que população é forçada a pagar propina a militares para sobreviver

O documento traz um panorama de corrupção endêmica e repressão no país asiático. Segundo o relatório das Nações Unidas sobre direitos humanos na Coreia do Norte, a população é forçada a pagar propina a oficiais em dinheiro ou cigarro para sobreviver.

Representantes do Escritório de Direitos Humanos da ONU em Seul, durante coletiva de imprensa sobre o relatório da ONU "O Preço dos Direitos": A violação do direito a um nível de vida adequado na República Popular Democrática da Coreia". Seul, 28/05/19
Representantes do Escritório de Direitos Humanos da ONU em Seul, durante coletiva de imprensa sobre o relatório da ONU "O Preço dos Direitos": A violação do direito a um nível de vida adequado na República Popular Democrática da Coreia". Seul, 28/05/19 Jung Yeon-je / AFP
Publicidade

Por Luiza Duarte, correspondente da RFI na Ásia

Militares têm prioridade dentro do regime. Ameaças de prisão ou processo fazem com que eles consigam extorquir a população, que já encontra dificuldades extremas de acesso à saúde, habitação, trabalho, alimento e tem liberdade de movimento e de expressão cerceada pelo sistema de governo.

O país sofre com o pacote de sanções econômicas impostas pela comunidade internacional há mais de uma década, como uma retaliação ao programa balístico e nuclear do regime.

Quatro em cada dez norte coreanos - ou o equivalente a cerca de 10 milhões de pessoas - têm acesso restrito a alimentos. Cortes ainda mais severos nas rações alimentares devem acontecer, já que a Coreia do Norte espera a pior colheita dos últimos dez anos.

A ONU pede que Pyongyang desmantele os campos de prisioneiros políticos, onde até 120 mil pessoas estariam detidas.

O relatório levou em consideração o testemunho de mais de 200 pessoas que conseguiram escapar do país, principalmente via a fronteira terrestre com a China.

"Depoimentos sob coação"

A missão norte-coreana em Genebra, para quem o relatório foi enviado, afirmou que o documento foi fabricado com ”supostos depoimentos de desertores, que fornecem informações falsas para ganhar dinheiro ou sob coação ".

Coreia do Norte rejeita a responsabilidade pela grave crise humanitária que o país está passando por sanções econômicas imposta desde 2006 pelas Nações Unidas em resposta às suas atividades nucleares, proibidas pelos tratados internacionais.

Mas o relatório aponta que o exército norte-coreano está recebendo uma grande parte do orçamento do Estado e deplora a má gestão da economia.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.