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Putin/Mísseis

Com popularidade em baixa, Putin ameaça posicionar mísseis contra Ocidente

Em declínio nas pesquisas de opinião, Vladimir Putin assegurou nesta quarta-feira (20) querer melhorar a qualidade de vida de seus compatriotas, mas também afirmou disposição para desenvolver e posicionar novas armas de guerra da Rússia contra países ocidentais.

O presidente russo, Vladimir Putin, durante discurso anual no Parlamento, em 20 de fevereiro de 2019.
O presidente russo, Vladimir Putin, durante discurso anual no Parlamento, em 20 de fevereiro de 2019. Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via REUTERS
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Menos de um ano depois de ter sido reeleito para um quarto mandato com uma votação sem precedentes em quase 20 anos de poder, o presidente russo vê seu índice de confiança cair a seus níveis mais baixos, desde a anexação da Crimeia em 2014. A queda da popularidade foi causada por um aumento muito impopular da idade da aposentadoria e de uma elevação dos impostos no primeiro dia do ano.

De acordo com pesquisas recentes, 55% dos russos consideram Putin "pessoalmente responsável" pelos problemas da Rússia, ao mesmo tempo em que a proporção de russos pessimistas sobre a situação de seu país (45%) excede a dos otimistas pela primeira vez, desde o final de 2013.

Discurso ameaçador contra os Estados Unidos

Depois de ter assegurado, no início do seu discurso anual ao Parlamento russo, que queria se concentrar na situação econômica e social, e na ajuda às famílias, assim como à situação dos hospitais e escolas, Putin embarcou num discurso ameaçador em relação aos Estados Unidos, em resposta à implantação de novos sistemas bélicos norte-americanos na Europa. O presidente russo observou que alguns desses mísseis podem chegar a "Moscou em 10 a 12 minutos".

"Eu direi clara e abertamente: a Rússia será forçada a implantar armas que possam ser usadas não só contra os territórios que ofereçam uma ameaça direta, mas também contra os territórios de onde vem a decisão do uso desses mísseis que nos ameaçam", continuou ele.

O presidente pediu aos norte-americanos que "calculem o alcance e a velocidade dos novos armamentos" antes de "tomarem decisões que possam criar novas ameaças sérias".

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