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"OTAN deve se concentrar em terrorismo, imigração e ameaças russas", diz Trump

Nesta quinta-feira (25), em Bruxelas, o presidente norte-americano, Donald Trump pediu aos países-membros da OTAN que se concentrem no terrorismo e nas ameaças da Rússia, insistindo que todos devem contribuir financeiramente. 

Presidente dos EUA, Donald Trump, em frente ao secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, em 25 de maio de 2017
Presidente dos EUA, Donald Trump, em frente ao secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, em 25 de maio de 2017 .REUTERS/Jonathan Ernst
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Depois de acusar a OTAN de ser obsoleta, durante a campanha eleitoral, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou que a OTAN -Organização do Tratado do Atlântico Norte - é um instrumento de paz e segurança no mundo, alertando que "a OTAN do futuro" deve se concentrar no terrorismo e na imigração, assim como nas ameaças da Rússia nas fronteiras leste e sul.

Em um discurso,Trump declarou que, por estas razões, foi muito direto com o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, e com os outros membros da Aliança: "Todos devem pagar sua parte e respeitar suas obrigações financeiras, eu lamento que 23 das 28 nações não pagam o que deveriam pagar", disse, lembrando que a situação não é justa com os contribuintes americanos.

O presidente deseja que os aliados, que devem "somas enormes de dinheiro", segundo ele, atinjam o objetivo fixado em 2014, ou seja, dispor de um orçamento para a Defesa equivalente a 2° do PIB até 2024.

"Para enfrentar as ameaças bem reais de hoje, 2% é o mínimo", insistiu Trump, acentuando que nos últimos oito anos, os Estados Unidos gastaram mais com sua defesa do que todos os países da OTAN juntos.

Um minuto de silêncio por Manchester

Donald Trump também pediu que todos respeitassem um minuto de silêncio pelas vítimas e famílias do ataque de Manchester, que fez 22 mortos e 59 feridos na segunda-feira (22), no fim do concerto da cantora pop americana Ariana Grande, em Manchester, na Inglaterra. "Todos os que amam a vida devem se unir para encontrar e eliminar esses assassinos e extremistas, esses perdedores, são uns perdedores...", observou.

Na manhã desta quinta-feira, três dias depois do atentado-suicida em Manchester, a OTAN deu um sinal forte de unidade no combate ao terrorismo, ao anunciar sua decisão de se unir à coalizão internacional contra o grupo Estado Islâmico.

Todos os países da OTAN já fazem parte, individualmente, da coalizão contra o grupo Estado Islâmico. Mas até hoje, alguns deles, como França e Alemanha, não queriam que a OTAN integrasse oficialmente a coalizão, enquanto que os Estados Unidos vêm insistindo há um ano sobre a questão. Se a concessão foi feita agora, a OTAN também espera o troco, ou seja, que Trump confirme o compromisso incondicional dos Estados Unidos a respeitar a cláusula de defesa coletiva, em caso de agressão contra um país da OTAN. Um tema sobre o qual o presidente americano vem evitando se posicionar.
 

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