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Libéria/Ebola

Libéria anuncia toque de recolher para conter avanço do Ebola

O governo da Libéria decretou um toque de recolher a partir desta quarta-feira (20) em Monróvia, capital do país, para conter o avanço do vírus Ebola. A partir de hoje, os moradores deverão evitar sair às ruas das nove horas da noite até as seis horas da manhã. A Libéria é o país mais afetado pela atual epidemia da doença, a pior já vivida pela África ocidental desde a descoberta do vírus, em 1976.

Os bairros de West Point e de Dolo Town, na periferia de Monróvia, foram colocados em quarentena.
Os bairros de West Point e de Dolo Town, na periferia de Monróvia, foram colocados em quarentena. REUTERS/2Tango
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Além do toque de recolher, a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, também ordenou o fechamento de locais de lazer e vídeo-clubes de Monróvia a partir das 6 horas da tarde.

Na periferia da capital, os bairros populares de West Point e Dolo Town foram colocados em quarantena após o ataque de jovens a dois centros de isolamento, de onde foram roubados objetos, provavelmente contaminados pelo vírus. Dezessete pacientes que fugiram do local já foram encontrados.

Ao anunciar as medidas ontem, Sirleaf lamentou não conseguir barrar o avanço da doença no país, apesar dos esforços. De acordo com a chefe de Estado, a expansão do Ebola se deve principalmente à insistência da população de manter a tradição dos funerais, nos quais os familiares têm contato muito próximo com as vítimas. O desrespeito às medidas aconselhadas pelos profissionais da saúde e do governo também contribuem para que a doença se espalhe entre a população liberiana.

Epidemia mais grave desde 1976

A atual epidemia, a mais grave desde 1976, deixou ao menos 1.229 mortos de 2.240 casos, de acordo com o último boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS). Até o momento, a Libéria registrou 466 vítimas, a Guiné, 394, Serra Leoa, 365, e a Nigéria, 5 mortos.

A maior parte das contaminações foi registrada em áreas densamente povoadas de Monróvia e sua periferia. Uma alta propagação da doença também acontece nas fronteiras da Libéria com Serra Leoa e a Guiné. De acordo com a OMS, o número de médicos e profissionais da saúde infectados é ínfimo: 2,6 casos a cada 10 mil habitantes.

Vietnã e Birmânia têm casos suspeitos

O governo do Vietnã anunciou ter isolado dois nigerianos suspeitos de estarem contaminados com o Ebola. Os dois homens, que chegaram ao país em um voo do Catar, apresentavam sintomas de febre e foram encaminhados a um hospital de doenças tropicais da cidade de Ho Chi Minh. Amostras de sangue dos nigerianos foram coletadas e enviadas à OMS para verificar se eles estão infectados.

Na Birmânia, um jovem de 22 anos que chegou ao país da Guiné, e que também passou pela Libéria, foi hospitalizado em Ragoun, maior cidade do país.

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