Secretário de Estado norte-americano faz visita surpresa ao Iraque
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, chegou nesta segunda-feira (23) a Bagdá para uma visita surpresa. O objetivo é consultar as autoridades locais sobre a crise provocada pela ofensiva dos combatentes sunitas no Iraque e convencer o premiê iraquiano a formar rapidamente um governo de união nacional. Kerry ainda deve passar por Bruxelas e Paris.
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Ele se reuniu com o primeiro-ministro Nuri al-Maliki, acusado de favorecer a maioria xiita e provocar o descontentamento da comunidade sunita. John Kerry esteve ontem no Egito e na Jordânia, mas sua visita foi mantida em segredo pelo departamento de Estado por razões de segurança.
No Cairo, o secretário de Estado americano fez um apelo aos dirigentes iraquianos para que deixem de lado "as divergências religiosas". Ele também reafirmou que os Estados Unidos não eram responsáveis pela situação atual no país e não buscavam impor um líder para o Iraque.
Na quinta-feira, o presidente Barack Obama já havia declarado que a única maneira de acabar com o impasse no país era implantar uma política menos calcada na religião, que gera tensões entre tribos e alimenta o extremismo. O primeiro-ministro Nuri al-Maliki é acusado pelos seus opositores de ser indiretamente responsável pelo aumento da tensão.
Jihadistas avançam no norte e no leste
Durante o final de semana, os rebeldes sunitas comandados pelos extremistas do grupo Estado Islâmico no Iraque e no Levante conquistaram mais três cidades da província ocidental de Al Anbar. Eles já dominam Mossul, a segunda maior cidade do país, e setores importantes do norte e do leste do Iraque.
Pelo menos 69 presos morreram na manhã desta segunda-feira em um ataque de jihadistas ao sul de Bagdá. Eles estavam sendo transportados em um comboio. Sete homens armados também foram mortos no confronto. As circunstâncias do ataque ainda não foram totalmente esclarecidas. Este já é o segundo ataque perpetrado em uma prisão desde o início da ofensiva jihadista, que começou no dia 9 de junho e visa criar um ‘estado’ entre a Síria e o Iraque.
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