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Palestina/Acordo

Novo governo palestino deverá 'rejeitar violência e terrorismo', diz Abbas

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmou neste sábado (26) que o governo de consenso nacional acertado com o movimento islamita Hamas deverá "rejeitar a violência e o terrorismo", e também reconhecer o Estado de Israel e os acordos assinados com o país.

Mahmoud Abbas preside reunião da OLP neste sábado, 26 de abril de 2014, em Ramallah, na Cisjordânia.
Mahmoud Abbas preside reunião da OLP neste sábado, 26 de abril de 2014, em Ramallah, na Cisjordânia. REUTERS/Mohamad Torokman
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"O próximo governo obedecerá a minha política", declarou Abbas aos membros do Conselho Central Palestino, órgão dirigente da Organização para a Libertação da Palestina, reunido neste fim de semana em Ramallah, na Cisjordânia. Abbas sublinhou que o novo governo palestino vai cuidar prioritariamente de assuntos internos.

"Reconheço o Estado de Israel, rejeito a violência e o terrorismo e respeito os compromissos internacionais", acrescentou o líder palestino.

Por outro lado, Abbas deixou claro que os palestinos "nunca aceitarão reconhecer um Estado judeu", uma exigência do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Abbas ressaltou que Israel não fez esse tipo de exigência à Jordânia e ao Egito, países que assinaram acordos de paz com o Estado hebreu. Ele também lembrou que os palestinos reconheceram o Estado de Israel em 1993.

O Hamas considerou "positivo" o discurso de Abbas. "Nós apoiamos as posições da OLP sobre Jerusalém, sobre a reconcliliação interpalestina e o não reconhecimento do estado judeu", declarou Bassem Naim, um dos dirigentes do Hamas na Faixa de Gaza.

Naim disse que o novo governo de consenso nacional terá basicamente três missões: reunificar as organizações palestinas, preparar novas eleições e reconstruir Gaza. Segundo Naim, "não cabe a esse governo tratar de questões políticas".

Israel suspende negociações

O acordo de reconciliação fechado nesta semana entre as forças políticas palestinas enfureceu Israel, que considera o Hamas uma "organização terrorista".

O Hamas rejeita as negociações de paz empreendidas pela Autoridade Palestina de Abbas com Israel e defende a resistência armada contra o país.

Em resposta ao acordo interpalestino, Israel suspendeu as negociações que estavam sendo mediadas pelo secretário de Estado americano, John Kerry.

Obama considera "inútil" acordo com o Hamas

Confrontado a mais um fracasso de sua administração no processo de negociações israelo-palestino, o presidente americano, Barack Obama, disse nesta sexta-feira, durante visita a Seul, que uma "pausa" era necessária no diálogo entre israelenses e palestinos.

Obama criticou o acordo interpalestino, qualificando de "inútil" a aproximação do Fatah (partido de Abbas) com o Hamas. Na avaliação de Obama, tanto o governo de Israel quanto os dirigentes palestinos tomaram uma série de iniciativas nas últimas semanas "infelizes", que não acrescentaram nada de bom aos esforços diplomáticos para se chegar a um acordo de paz duradouro no Oriente Médio.

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