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Malásia/acidente

Sinais captados por navio australiano podem ser de caixas-pretas do Boeing desaparecido

Os sinais captados pelo navio australiano que participa das buscas pelo voo MH370 da Malaysia Airlines podem pertencer ao Boeing 777-200 da companhia, que caiu no dia 8 de março no sul do oceano Índico, segundo as autoridades malaias. Trata-se até agora da melhor pista das equipes de busca, declarou o responsável pelas operações, Angus Houston.

Angus Houston, representante das autoridades australianas durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (7) anunciou que novos sinais foram detectados na área de buscas.
Angus Houston, representante das autoridades australianas durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (7) anunciou que novos sinais foram detectados na área de buscas. REUTERS/Richard Polden
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De acordo com o chefe das operações de busca do voo MH370, duas séries de sinais foram detectadas na região pelo navio da marinha australiana Ocean Shield. A primeira durou duas horas e meia antes e a segunda, cerca de 15 minutos. "Esta é a sem dúvida nossa pista mais promissora até agora", disse o responsável em uma coletiva em Perth, na costa oeste da Austrália.

O país anunciou nesta segunda-feira uma reviravolta na missão depois da detecção dos sinais, compatíveis com os ruídos das caixas-pretas – um verdadeiro golpe de sorte. Normalmente, elas já deixariam deixado de funcionar e emitir sons, já que o acidente completou um mês.

De acordo com Angus Houston, os sinais submarinos indicam que os investigadores estão muito próximos do local onde caiu o avião. Os sons podem ser originários do DFDR (Digital Flight Data Recorder), que registra os parâmetros do voo (hora, altitude, velocidade) e o CVR (Cockpit Voice Record), que grava as conversas dos pilotos e também traz dados úteis como os ruídos do motor e a condições de sustentação.

Frota naval e aérea inspeciona região

Uma frota naval e aérea internacional está inspecionando o oceano Índico há duas semanas em busca de objetos, destroços e das caixas-pretas do Boeing 777 da companhia Malaysia Airlines, que desapareceu com 239 pessoas a bordo, entre elas 153 chineses.

As buscas acontecem a cerca de 2.000 quilômetros das costas ocidentais da Austrália, determinada como a suposta trajetória do avião. Desde a semana passada, um navio chinês, um australiano e um britânico, equipados de captadores acústicos, vasculham os fundos submarinos da região.

Navio chinês detecta primeiros sinais

O primeiro sinal que poderia ser das caixas-pretas do voo MH370 foi detectado pelo navio chinês Haixun 01. A duração do som foi de 90 segundos, e a frequência, 37,5 kHz, a mesma emitida pelos dispositivos. A embarcação logo recebeu o apoio do navio britânico HMS Echo, que estava próximo. O navio australiano chegou horas depois, já que estava a 300 milhas submarinas do local.

Paralelamente, a polícia malaia está investigando a possibilidade de mudança de rota, que poderia ter ocorrido por sabotagem, ou um ato desesperado de um passageiro ou membro da tripulação. Por enquanto, as autoridades não possuem nenhum elemento que possa corroborar qualquer uma das hipóteses.
 

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