Buscas não identificam possíveis destroços de avião da Malaysia Airlines
O primeiro dia de buscas pelos possíveis destroços do avião da Malaysia Airlines terminou sem novas pistas ao sul do Oceano Índico. A Austrália anunciou na quinta-feira (20) que dois objetos que poderiam ser do Boeing desaparecido foram vistos numa área a 2.500 quilômetros – ou quatro horas de vôo – da cidade australiana de Perth. Segundo a imprensa australiana, as buscas na região ainda poderão levar vários dias.
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A Autoridade Australiana de Segurança Marítima informou ao final do dia no horário local que as buscas foram prejudicadas por condições climáticas adversas –chuva e vento forte-e pela dificuldade de acesso à região do Oceano Índico onde as imagens de satélite revelaram a presença de objetos flutuando na superfície da água. A equipe internacional que vasculha uma área de 23 mil quilômetros quadrados é formada por dois aviões AP-3C Orion do exército australiano, um navio P-8 Poseidon da marinha americana e um aparelho P-3K2 Orion do exército neo-zelandês.
Segundo o jornal australiano Sidney Morning Herald, os objetos foram avistados pelo satélite pela primeira vez no domingo. Por causa da correnteza nessa parte do Oceano Índico, as autoridades temem que os destroços tenham sido levados para quilômetros de distância do ponto inicial.
As buscas retomam nesta sexta-feira (21), mas segudno uma fonte anônima citada pelo jornal, “a operação não deve trazer novidades definitivas até que o navio da marinha australiana HMAS Success chegue ao local par examinar de perto [os destroços]. Mas isso ainda pode levar 48 horas”. Um navio norueguês já está na região, mas a equipe também estima que vários dias sejam necessários até que os objetos sejam vistos novamente ou que sejam encontrados outros indícios que possam explicar o sumiço do avião.
Apesar da decepção após o primeiro dia de buscas, os dois objetos são, até o momento, a “melhor pista” do mistério sobre o desaparecimento do avião da Malaysia Airlines. Essa é a avaliação do premiê australiano, Tony Abbott, que enfatizou, porém, que a “localização dos objetos será extremamente difícil”.
Rota
O Boeing com 239 pessoas a bordo desapareceu dos radares uma hora após a decolagem do aeroporto de Kuala Lampur. As autoridades descobriram que o transponder (dispositivo de comunicação eletrônico) foi desligado e que a aeronave, que deveria pousar em Pequim, alterou a rota. Com essa revelação, as buscas passaram a se concentrar em um corredor que vai do norte do Laos ao mar Cáspio. O outro corredor vai do sudeste da Indonésia à costa oeste da Austrália.
No primeiro corredor, porém, os países da região não registraram a presença de nenhum aparelho no seu espaço aéreo nem identificaram possíveis destroços do avião desaparecido desde o dia 8 de março.
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