Pandas chineses são acolhidos como "astros" na Bélgica

Tapete vermeho e presença do chefe de governo Elio di Rupo demostraram a importância que os belgas dedicaram para a colhida do casal de pandas emprestado pela China por um período de 15 anos. O governo belga espera atrair milhares de pessoas para o local onde os animais vão ficar, distante cerca de 60 quilômetros da capital, e que foi totalmente adaptado para que os pandas se sintam em seu habitat natural.  

Xing Hui em sua chegada a Bruxelas, neste domingo, 23 de fevereiro de 2014. REUTERS/Laurent Dubrule

“Estamos muito honrados e orgulhosos que a China tenha aceitado emprestar à Bélgica seus tesouros nacionais”, afirmou di Rupo, na pista do aeroporto após a chegada dos dois ursos. "Eles ficarão aqui como se estivessem na casa deles", prometeu o chefe de governo que esteve acompanhado do embaixador chinês da Bélgica, Liao Liqiang.

Os dois animais ficarão em uma espécie de quarentena, longe dos olhos do público, para um período de adaptação no local preparado especialmente para eles no parque Pairi Daiza.

Hao Hao, fêmea cujo nome significa “Gentil” e Xing Hui, “estrela cintilante”, em chinês, ambos de quatro anos, viajaram 15 horas de avião da província chinesa de Sinchuan, no sudoeste do país, até à Bélgica, em um voo especial de uma empresa de transporte internacional de cargas.

O avião foi decorado com as imagens dos dois animais. O seguro de cada um deles é de 1 milhão de dólares. O desembarque foi acompanhado por um grupo de crianças e centenas de jornalistas, entre eles, várias equipes de tevês chinesas.

A empresa privada responsável pela vinda dos Pandas investiu entre 8 e 10 milhões de dólares para criar as instalações adequadas para o conforto dos animais, entre elas um jardim chinês, um templo budista, milhares de plantas de chá e bambus, a comida preferida dessa espécie.

O parque Pairi Daiza também terá que pagar uma espécie de “aluguel” de 1 milhão de dólares mensal para o governo chinês pela vinda de Hao Hao e Xing Hui. Os pandas gigantes são espécies consideradas ameaçadas. Estima-se que existam apenas 1.600 deles vivendo em estado selvagem na China e outros 300 ao redor do mundo em cativeiros.