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Ucrânia/Rússia/Crise

Yanukovich e Putin se reúnem em Moscou em meio a crise ucraniana

Viktor Yanukovich se reúne com Vladimir Putin nessa terça-feira, 17 de dezembro, em Moscou. O presidente ucraniano deve reafirmar sua aproximação com o líder russo, apesar das intensas críticas lançadas pela oposição em seu país. Membros do governo de ambos os lados confirmaram que a polêmica abolição de barreiras comerciais entre os dois países pode ser discutida durante o encontro na capital russa. Uma nova manifestação popular já está prevista nas ruas de Kiev.

Viktor Yanukovich (e) e Vladimir Putin devem reafirmar suas afinidades durante reunião em Moscou.
Viktor Yanukovich (e) e Vladimir Putin devem reafirmar suas afinidades durante reunião em Moscou. REUTERS/Sergey Ponomarev
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A visita de Viktor Yanukovich a Vladimir Putin nessa terça-feira deve irritar ainda mais a oposição ucraniana, que contesta há quatro semanas a aproximação de Kiev com Moscou. A agenda do líder ucraniano será marcada pela assinatura de vários acordos com o país vizinho. No entanto, mesmo se a adesão da Ucrânia à contestada União aduaneira pilotada pela Rússia não faz parte do programa oficial, o encontro será uma oportunidade para os presidentes reafirmarem suas afinidades.

O ministro russo da Economia, Alexeï Oulioukaïev, declarou que um projeto de abolição das barreiras comerciais entre os dois países poderia ser examinado nessa terça-feira em Moscou. Já o conselheiro econômico do Kremlin, Andreï Belooussov, declarou que os russos poderiam oferecer uma ajuda para tirar a Ucrânia da crise econômica.

As declarações reforçam o sentimento de aproximação entre os dois países, criticada há dias pela oposição ucraniana. Os manifestantes já se preparam para mais um dia de protestos após a mobilização que reuniu cerca de 200 mil pessoas nas ruas da capital no domingo.

Kiev está em busca de assistência financeira para cobrir suas dívidas, estimadas em 17 bilhões de dólares, no ano que vem. O montante seria praticamente o equivalente às reservas em divisas estrangeiras do Banco central da Ucrânia. A confirmação de um possível empréstimo concedido pelo Kremlin aos ucranianos seria visto como uma vitória para o presidente russo que, mais de duas décadas após o fim da União Soviética, ainda tenta manter Kiev sob o controle de Moscou.

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