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Síria/ conflito

Sírio está "preso" em aeroporto de Dubai há duas semanas

Um sírio que tentava deixar o país está bloqueado há duas semanas no aeroporto de Dubai, em um caso que lembra o filme “O Terminal”, no qual o personagem encarnado pelo ator Tom Hanks passa nove meses no aeroporto JFK, em Nova York. Os Emirados Árabes Unidos não permitem a entrada do homem no país, e ele não quer retornar à Síria.

Há duas semanas vivendo no aeroporto de Dubai, homem come um hambúrguer por dia.
Há duas semanas vivendo no aeroporto de Dubai, homem come um hambúrguer por dia. Flickr/ Creative Commons
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Ouassfi Tayseer Jarad, 34 anos, está bloqueado no terminal 2 do aeroporto, após ser expulso dos Emirados Árabes, onde cumpriu pena por tráfico de drogas. As autoridades do país deram-lhe a escolha de viajar para qualquer país que aceitasse a sua entrada, porém o sírio está sem um passaporte válido. O documento está vencido e a Jordânia, onde vive a família do homem, refugiada da guerra na Síria, se recusa a permitir a entrada dele para regularizar a situação.

Jarad tentou desembarcar na Turquia e no Líbano, mas os dois países também recusaram a permissão de entrada no território, e o homem, por sua vez, não cogita a hipótese de retornar ao seu país de origem, em plena guerra civil. O imbróglio segue indefinido, apesar de o Ministério Público de Dubai, encarregado de acompanhar o caso de pessoas expulsas do país, ter prometido abrir uma investigação para encontrar uma solução.

Enquanto isso, o sírio se alimenta de um hambúrguer por dia, na expectativa de que a sua família consiga emitir um novo passaporte na Jordânia e ele seja autorizado a ingressar em Amã. Interrogado pelo jornal Gulf News, que revelou o caso, Jarad disse que “está quase preferindo voltar para trás das grades em Dubai”.


Regime pode entregar programa para destruir arsenal

Em campo, o regime sírio conseguiu controlar hoje uma localidade importante a sudeste de Damasco, Hteitit al-Turkman. Após três dias de combates contra os rebeldes, que dominavam a cidade, pelo menos 25 soldados e 17 opositores ao regime morreram. Também nesta quinta, um atentado com carro-bomba deixou um morto e 43 feridos no sul de Homs, afirmou a rede de televisão oficial síria.

Em meio ao prosseguimento dos combates em todas as frentes, as autoridades sírias tentam restabelecer o fornecimento elétrico progressivamente em várias regiões do país, incluindo Damasco, depois de um corte quase generalizado por um ataque rebelde a um gasoduto que alimentava uma central, informaram fontes oficiais.

No plano diplomático, o regime sírio se prepara para entregar o programa de destruição de seu arsenal químico à Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), encarregada de supervisionar o processo. Os especialistas da Opaq estão na Síria desde 1º de outubro e esperavam receber o programa ainda hoje, vários dias antes da data limite, domingo.

Esta é a próxima etapa estabelecida no acordo russo-americano, que prevê a destruição do arsenal químico sírio até meados de 2014. A Síria havia transmitido, anteriormente, um inventário das instalações de produção e de armazenamento que estão sendo inspecionadas por especialistas, no âmbito da missão conjunta da ONU e da OPAQ. Depois da entrega de seu inventário, o Conselho Executivo da OPAQ fixará até 15 de novembro as diferentes datas limite para a destruição das armas proibidas.

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