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Síria/Intervenção militar

Conselho de Segurança não chega a acordo sobre intervenção na Síria

Os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU não chegaram a um acordo nesta quarta-feira sobre a resolução apresentada pelo Reino Unido que justifica uma intervenção militar na Síria, mesmo diante da garantia de Londres de que a ação não aconteceria antes da divulgação dos resultados da investigação da ONU sobre o uso de armas químicas no país.

Embaixadores da Rússia e da China deixaram reunião do Conselho antes do fim; Estados Unidos estão descrentes em aprovação do texto britânico
Embaixadores da Rússia e da China deixaram reunião do Conselho antes do fim; Estados Unidos estão descrentes em aprovação do texto britânico
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A ordem de saída dos participantes foi sintomática das posições de seus países. Os embaixadores russo e chinês - que se opõem a um ataque contra Bashar al-Assad - deixaram a sala onde a cúpula acontecia a portas fechadas depois de uma hora e quinze minutos. Os representantes de França, Reino Unido e Estados Unidos ficaram um pouco mais de tempo, mas saíram sem falar com a imprensa.

De acordo com o governo britânico, a proposta autorizaria o emprego de "todas as medidas necessárias que constam no capítulo VII da Carta da ONU para a proteção de civis contra armas químicas" ba Síria. O capítulo prevê uma série de medidas coercitivas, inclusive uma operação militar. Mas, para o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, um ataque desestabilizaria ainda mais a situação. O Irã, outro aliado de Damasco, avaliou que uma ação do tipo seria um "desastre para a região".

Pouco depois do fim da reunião, o Departamento de Estado norte-americano informou que não via "nenhuma possibilidade" de o projeto britânico ser aprovado no CS, dada a oposição da Rússia. Londres estimou que as discussões devem durar mais alguns dias e reiterou que não pretende colocar uma operação militar em prática sem conhecer os resultados da invetigação da ONU.

Uma medida que será apresentada nesta quinta-feira ao Parlamento inglês diz que o "Conselho de Segurança das Nações Unidas deve ter acesso à súmula (da missão da ONU) e todos os esforços devem ser feitos para obter uma resolução do CS sustentando uma ação militar antes do início da operação".

De acordo com o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, a equipe que esteve em Damasco precisa de quatro dias para concluir a missão, antes de analisar os dados e apresentar seu relatório. Nesta quarta-feira, os especialistas visitaram pela segunda vez um dos lugares que teriam sido atacados por armas químicas e coletaram amostras de sangue, urina e cabelos de vítimas.
 

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