Atentados no Iraque deixam pelo menos 20 mortos e 53 feridos

Pelo menos vinte pessoas morreram e 53 ficaram feridas nesta segunda-feira em dois ataques simultâneos que visavam mercados nas cidades de Baquba e Joudaïda al-Chat no Iraque, de acordo com as autoridades do país. Apesar de não terem sido reinvindicados, os atentados trazem a marca da Al-Qaeda, acredita a população.

Um atentado com carro-bomba em um bairro de maioria xiita em Bagdá deixou pelo menos quatro mortos, 8 de junho de 2013. REUTERS/Thaier al-Sudani

Na cidade de Joudaïda al-Chat, a cerca de 50 quilômetros no norgte de Bagdá, um triplo atentado contra um mercado de frutas e legumes matou 13 pessoas. Dois carros explodiram, depois que um kamikaze acionou a cintura de explosivos colada ao corpo. Os ataques ocorreram em um horário de grande movimento local, segundo as autoridades.

Perto de Taji, na saída norte da capital iraquiana, um carro também explodiu nas proximidades de um mercado de peixes, deixando pelo menos 7 mortos e 16 feridos. Os ataques não foram reinvindicados, mas os insurgentes sunitas, entre eles a Al Qaeda no Iraque, tem como principal alvo a comunidade xiita, que é majoritária no país.

A violência e a intensidade dos ataque vem aumentando nos últimos meses. De acordo com as Nações Unidas, mais de mil pessoas morreram em atentados terroristas só no mês de maio. Martin Kobler, chefe da missão da ONU no país, disse recentemente que o Iraque ‘’estava pronto para explodir.’’

O aumento da tensão entre xiitas e sunitas no país coincide com uma grave paralisia política e um movimento de contestação da minoria sunita, que acusa o governo de estigmatização e exige a demissão do primeiro-ministro Nouri al-Maliki.