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Quênia/eleiçéoes

Uhuru Kenyatta é declarado oficialmente presidente eleito do Quênia

Acusado de crimes contra a humanidade pela Corte Penal Internacional, Uhuru Kenyatta foi eleito presidente do Quênia, segundo uma declaração oficial da Comissão Eleitoral do país. Ele recebeu 50,07% dos votos no primeiro turno. Seu adversário, o primeiro-ministro Raila Odinga anunciou que contestará o resultado na justiça.

Uhuru Kenyatta exibe certificado da Comissão Eleitoral que o declara oficialmente presidente do Quênia
Uhuru Kenyatta exibe certificado da Comissão Eleitoral que o declara oficialmente presidente do Quênia REUTERS/Noor Khamis
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De acordo com a Comissão Eleitoral, o escrutínio apresentou um número recorde de participação dos quenianos. Cerca de 85% deles foram às urnas, apesar da violência urbana e dos confrontos registrados em algumas sessões eleitorais. Principal adversário de Kenyatta, o premiê Raila Odinga amargou a sua terceira e provavelmente última derrota numa eleição presidencial. No início deste sábado(9), um dos conselheiros de Odinga afirmou não reconhecer a derrota e diz que as eleições foram falsificadas. A última derrota de Odinga, em 2007, mergulhou o país em uma onda de violência que matou mais de mil pessoas e deixou um saldo de 600 mil refugiados.

Uhuru Kenyatta, suspeito de ter liderado a onda de violência de 2007, é o primeiro homem acusado pela Corte Penal Internacional a se tornar um Chefe de Estado, o que criou uma situação política e jurídica interna. O novo presidente do Quênia anunciou que estará presente ao seu julgamento, que poderá durar até dois anos. A abertura do processo judicial internacional foi transferido do dia 11 de abril para o dias 9 de julho de 2013. Segundo a Corte, a decisão não teria ligações com o resultado das eleições no Quênia.

Violência após o resultado

A polícia queniana entrou em confronto contra partidários do primeiro-ministro Raila Odinga, poucas horas depois do anúncio oficial do resultado das eleições, neste sábado. Os partidários de Odinga percorreram algumas ruas da capital, Nairóbi, para contestar a vitória de Kenyatta e foram dispersados com tiros de gás lacrimogênio.

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