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Tunísia/ julgamento

Ex-ditador da Tunísia é condenado à prisão perpétua

O ex-presidente da Tunísia Zine El Abidine Ben Ali foi condenado hoje à prisão perpétua por cumplicidade na morte de 43 manifestantes durante o levante popular que terminou na queda do antigo regime. A sentença foi anunciada à revelia, já que o ex-ditador está exilado na Arábia Saudita.

Ex-presidente Zine al-Abidine Ben Ali, em foto de 2009, se exilou na Arábia Saudita.
Ex-presidente Zine al-Abidine Ben Ali, em foto de 2009, se exilou na Arábia Saudita. REUTERS/Zoubeir Souissi
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O veredito foi dado pelo juiz Hedi Ayari, no tribunal militar de Tunis. Ben Ali foi levado a julgamento com outros cerca de 40 colaboradores do regime, entre eles o general Ali Seriati, ex-chefe da segurança presidencial, condenado a 20 anos de detenção. Dois ex-ministros do Interior também foram julgados hoje: Rafik Belhaj Kacem deverá cumprir 15 anos de reclusão, enquanto Ahmed Friaa acabou inocentado por falta de provas.

A sentença aplicada aos dois ex-ministros provocou indignação das famílias das vítimas, que consideraram a decisão leve demais. Eles eram julgados pela participação na morte de 43 manifestantes e ferimentos graves em 97, ocorridos na capital, Tunis, e em cidades do norte do país como Bizerte e Nabeul.

No total, ao longo de mais de um mês de protestos, 300 pessoas morreram durante as manifestações contra Ben Ali, que fugiu do país em 14 de janeiro de 2011 e se exilou na Arábia Saudita. O presidente deposto já havia sido condenado a longas penas em outros julgamentos. No último, em junho, foi sentenciado à prisão perpétua pelo tribunal militar de Kef, no oeste do país, pela morte de outros manifestantes.

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