Regime sírio ignora plano da ONU e mantém repressão aos opositores

O exército sírio continua a bombardear nesta sexta-feira os centros da contestação no país, em particular na cidade de Homs e na província de Idlib, onde as tropas revistam e incendiam casas, segundo militantes locais. O regime intensifica suas operações de repressão apesar de ter indicado que iria colaborar para o sucesso do plano da ONU e da Liga Árabe para resolver a crise.  

Imagens da destruição provocada pela ofensiva no exército na cidade de Homs, nesta sexta-feira,30 de março, Reuters

Há combates entre militares e opositores nas províncias de Hama, no centro, e de Deir Ezzor, no leste da Síria. Segundo o Observatório sírio de defesa dos Direitos Humanos, pelo menos dois civis já morreram vítimas da repressão.

Os opositores convocaram novos protestos nesta sexta-feira para denunciar a falta de ação dos países árabes diante da repressão violenta do regime. Eles se consideram "abandonados" pelos líderes árabes .

Na quinta-feira, os países da Liga Árabe, reunidos na cúpula de Bagdá, limitaram-se a pedir um “diálogo sério” entre oposição e regime, e de rejeitar qualquer intervenção militar na Síria.

Diplomacia

Em viagem ao Oriente Médio, a secretária de Estado americana Hillary Clinton se encontra nesta sexta-feira com o rei Abdallah da Arábia Saudita. Os dois devem discutir os meios de fazer com que o presidente sírio Bashar al-Assad respeite seu compromisso de aplicar o plano da ONU e da Liga Árabe para acabar com a violência no país.

Clinton indicou que o exército sírio não fez nada ainda para respeitar algumas medidas previstas no plano como a que determina um cessar-fogo imediato e a entrada de ajuda humanitária às regiões mais atingidas pelos confrontos.