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EUA/Afeganistão

Soldado que matou 16 civis afegãos será punido, diz Obama

 O presidente americano Barack Obama disse nesta terça-feira que o soldado americano responsável pelas mortes dos 16 civis afegãos na província de Kandahar será julgado com ‘toda a força da lei.’ O massacre, ocorrido neste domingo, gerou dúvidas em relação ao início da retirada das tropas estrangeiras no país em 2014.

Corpos das vítimas do massacre cometido por soldado americano da Força Internacional presente no Afeganistão.
Corpos das vítimas do massacre cometido por soldado americano da Força Internacional presente no Afeganistão. Reuters
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Em um pronunciamento transmitido ao vivo em rede na TV americana, Obama declarou estar “arrasado” com o massacre. O presidente americano ainda disse que, apesar da gravidade do caso, está confiante na manutenção do calendário do início da retirada das tropas estrageira do Afeganistão, prevista para 2014, e no desmantelamento da rede Al Qaeda.

Obama assegurou ao presidente afegão Hamid Karzaï que os Estados Unidos levavam “o caso tão a sério como se fossem nossos cidadãos e crianças que tivessem sido assassinados” e acrescentou que “o massacre de civis inocentes é escandaloso e inaceitável." O presidente americano assegurou que pediria ao Pentágono que não poupasse os esforços na realização de uma investigação aprofundada sobre o caso. Para o governo americano, ainda é difícil entender como um sargento, que já tinha servido no Iraque antes de ir para o Afeganistão, pôde cometer o massacre.

Nesta segunda-feira, o presidente se reúne com o embaixador americano no Afeganistão, Ryan Crocker, e John Allen, comandante americano das forças internacionais no país, para rever a estratégia dos Estados Unidos no país. De acordo com ele, apesar das dificuldades, os objetivos de proteger os Estados Unidos e colocar um fim à guerra, de maneira responsável, ainda podem ser atingidos.

Os Estados Unidos temem uma represália dos talibãs, que já ameaçaram vingança. Nesta segunda-feira, um grupo de talibãs atacou uma delegação, formada por membros do governo, que visitava a área onde ocorreu o massacre. Os extremistas prometeram vingar as vítimas da matança decapitando os soldados que "caíssem em suas mãos." Em Jalalabad, no leste do país, uma manifestação contra o governo americano reuniu cerca 2 mil estudantes.
 

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