UE pode enfrentar ruptura de estoque de petróleo, diz Ashton

A União Europeia está preparada para enfrentar uma ruptura do abastecimento de petróleo. A declaração foi feita nesta segunda-feira pela chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, em resposta à ameaça iraniana de interromper as vendas de petróleo para outros países europeus além da França e da Grã-Bretanha. 

O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad IRNA

De acordo com um dos porta-voz da chefe da diplomacia europeia, o bloco pode garantir a segurança imediata dos estoques em caso de uma eventual ruptura. Além da França e da Grã-Bretanha, o Irã ameaçou nesta segunda-feira interromper as vendas de petróleo para outros países europeus, se a Europa mantiver "ações hostis" contra o regime, declarou o presidente da companhia nacional iraniana do petróleo, Ahmad Ghalebani.

Segundo ele, países como a Alemanha, a Espanha, a Itália, a Grécia, o Portugal e a Holanda, são alvos das represálias iranianas contra o embargo votado em janeiro pelos europeus. A partir de julho, a importação de petróleo iraniano está proibida na Europa, uma medida que visa reforçar as sanções contra o programa nuclear do país.

O anúncio feito pelo governo iraniano é simbólico, já que o governo francês e o britânico praticamente interromperam toda a importação de petróleo iraniano. Mas para a Itália, a Espanha e a Grécia, as consequências poderiam ser mais graves, já que os três países dependam das exportações iranianas. A Grécia importa 30% do petróleo iraniano, e a Espanha, 13%, segundo a Agência Internacional de Energia.

Obama recebe premiê israelense

Diante do aumento da tensão entre o Irã e Israel, que ameaça atacar o país, o presidente americano Barack Obama receberá no próximo dia 5 de março na Casa Branca o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Os detalhes dessa visita foram discutidos durante uma viagem de três dias a Israel do conselheiro para a Segurança Nacional do presidente americano, Tom Donilon. Durante a visita, ele se reuniu com o premiê israelense e o ministro da Defesa, Ehud Barak.