Liga Árabe vai enviar novamente observadores à Síria

A Liga Árabe vai voltar a enviar observadores internacionais à Síria, declarou nesta quarta-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Segundo ele, o chefe da Liga Árabe, Nabil Al-Arabi, expressou o desejo de pedir ajuda às Nações Unidas na continuidade da missão, que é muito criticada por não ter atingido seu principal objetivo: colocar um fim na violência do regime contra a população.

Homens sírios feridos pelos ataques do ditador Bashar al-Assad em hospital da cidade de Homs, nesta quinta-feira. REUTERS/Handout

Ban Ki-moon chamou de "catastrófico" o veto da Rússia e da China à resolução do Conselho de Segurança da ONU, condenando a violência e pedindo uma transferência de poder na Síria. Para ele, o presidente Bashar al-Assad é o maior responsável pela morte de cerca de 6 mil pessoas no país, uma situação que classificou de "inaceitável".

Os bombardeios continuam pelo sexto dia consecutivo, nesta quinta-feira, na cidade de Homs, no centro do país. Segundo o Observatório sírio de Defesa de Direitos Humanos, pelo menos mais de 60 pessoas morreram nos ataques das forças governamentais contra a cidade, que é símbolo da resistência ao governo do presidente Bashar al-Assad.

Uma delegação da oposição síria esteve esta semana na China e se reuniu com o vice-ministro das Relações Exteriores, Zhai Jun, confirmou a chancelaria chinesa. O porta-voz do ministério declarou que a China quer manter contato e o diálogo com os grupos de oposição do país.

Nesta quinta-feira, o ministro da defesa de Israel, Ehud Barak expressou o temor de que a queda do presidente al-Assad possa provocar uma transferência de armas da Síria para o movimento extremista islâmico Hezbollah e para o Líbano. Enquanto o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, reafirmou seu apoio ao regime sírio.