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EUA/ Afeganistão

Identificados soldados americanos que urinaram em talibãs

Pelo menos dois soldados americanos que aparecem no vídeo urinando sobre cadáveres de três afegãos foram identificados, segundo um comunicado do Exército americano. "Nós identificamos a unidade. No entanto, não podemos publicar os nomes, porque eles são objetos de uma investigação", declarou Joseph Plenzler, representante das Forças Armadas americanas, que julgou o vídeo "autêntico".  

O vídeo publicado na internet revoltou os afegãos.
O vídeo publicado na internet revoltou os afegãos. Reuters/YouTube
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Um soldado anônimo citado pelo canal de televisão CNN disse nesta quinta-feira que os militares eram integrantes do terceiro batalhão dos Fuzileiros Navais, situado no Camp Lejeune, no estado americano da Carolina do Norte. A unidade teria servido na região Helmand, no Afeganistão, entre março e setembro de 2011. Uma autoridade do Departamento de Defesa também comentou que pelo tipo de capacete e das armas dos militares, os soldados envolvidos no escândalo pertenceriam a um grupo de atiradores de elite.

O vídeo amador, filmado durante uma operação militar americana no Afeganistão, mostra quatro jovens, conscientes da presença de uma câmera, urinando sobre três corpos ensanguentados. As imagens  provocaram uma onda de indignação nos Estados Unidos e no Afeganistão. Desde que foi publicada em vários sites desde quarta-feira, a filmagem rodou o mundo e atiçou a ira do presidente afegão, Hamid Karzai. "Estou profundamente perturbado", disse Karzai.

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, declarou que "aqueles que se engajaram em tal conduta serão responsabilizados em toda a extensão". Segundo representantes do Pentágono, uma investigação sobre o suposto abuso está a caminho.

"Esta conduta é totalmente inadequada para os militares americanos e não reflete as normas ou valores das nossas forças armadas. Eu vi o filme e acho este comportamento totalmente deplorável. Condeno-o em termos mais fortes possíveis", afirmou Panetta, por meio de um comunicado.

A secretária de Estado amerciano, Hillary Clinton, disse estar desanimada com "a história dos nossos fuzileiros navais" e juntou-se à Panetta ao condenar "o comportamento deplorável que está refletido nesse vídeo".
 

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