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Síria/violência

Bashar Al-Assad diz que não foi dada ordem para atirar em cidadãos

O presidente sírio Bashar Al-Assad afirmou nesta terça-feira, em um discurso feito na Universidade de Damasco e transmitido pela rede de televisão oficial, que “nenhuma ordem” foi dada para as forças de segurança atirarem contra os cidadãos. Segundo ele, a prioridade era de reestabelecer a ordem e a segurança no país para combater grupos armados e os “terroristas”.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, durante pronunciamento na Universidade de Damasco, transmitido pela televisão nesta terça-feira.
O presidente sírio, Bashar al-Assad, durante pronunciamento na Universidade de Damasco, transmitido pela televisão nesta terça-feira. REUTERS/Syrian TV via Reuters TV
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"Nenhuma ordem foi dada por nenhuma autoridade para atirar" sobre os manifestantes, indicou o presidente Assad, lembrando que a lei proíbe qualquer pessoa de atirar, salvo em caso de autodefesa. “ A prioridade absoluta atual é de reestabelcer a segurança, e isso só pode ser feito combatendo os terroristas com mão de ferro. Não se pode tolerar os que aterrorizam as pessoas nem aqueles que são cúmplices com os estrangeiros”, afirmou.

“A batalha contra o terrorismo é um combate de todos, todo mundo deve participar, mas um estado forte é um estado que sabe perdoar”, acrescentou em sua quarta intervenção na tevê estatal desde o início da revolta popular contra seu governo.

Desde meados de março o presidente sírio é alvo de um movimento de constestação reprimido com  violência. Segundo a ONU, mais de 5 mil pessoas já morreram desde o início dos protestos. O regime de Bashar Al-Assad atribui a revolta popular a grupos armados e terroristas.

O presidente também acusou “ grupos regionais e internacionais” de tentar desestabilizar a Síria. Segundo ele, a imprensa estrangeira tenta, sem dar trégua, levar a Síria "ao buraco".

Referendo

Em seu discurso à nação, o presidente sírio anunciou um referendo no mês de março sobre uma nova Constituição para o país. “ Assim que a comissão sobre uma uma nova Constituição terá concluído seus trabalhos, haverá um referendo popular porque este assunto interessa a todo mundo. O referendo vai acontecer na primeira semana de março’, anunciou  Al-Assad.

Uma missão de observadores da Liga Árabe está na Síria desde o dia 26 de dezembro para avaliar a situação no país. Mesmo acusada de ineficaz e de não cessar a violência na Síria, a missão deverá seguir seu trabalho e ser reforçada, defendeu a Liga Árabe no domingo, após a entrega do primeiro relatório feito pelo chefe dos observadores.
 

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