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China/Europa

China confirma apoio à Europa e quer ser tratada como economia de mercado

A China, que detém mais de 3 trilhões de reservas em dólares, acredita numa recuperação da economia europeia e enviou hoje uma mensagem aos europeus para darem uma ordem nas contas públicas. Na abertura do fórum empresarial de verão de Davos, que acontece na cidade chinesa de Dalian, o premiê chinês, Wen Jiabao, disse que os chineses vão continuar investindo na Europa, mas com uma condição: que a União Europeia reconheça que a China é uma economia de mercado aberta.

O primeiro ministro chinês, Wen Jiabao, durante o Fórum Econômico Mundial, em Dalian na China.
O primeiro ministro chinês, Wen Jiabao, durante o Fórum Econômico Mundial, em Dalian na China. REUTERS/Jason Lee
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Esse status eliminaria restrições comerciais, permitindo à China aumentar suas exportações para o bloco. Pelo calendário de negociações da OMC, essa promoção da China à economia de mercado aberta só está prevista em 2016, mas o governo chinês espera que os europeus se antecipem e revejam a agenda. “Espero que haja avanços em relação a este tema na próxima Cúpula União Europeia-China”, afirmou Jiabao.

A maior parte das empresas chinesas são de propriedade do estado e seus dirigentes são nomeados pelo poder público. A União Europeia estima que ainda não estão reunidas as condições para acordar à China o status de economia de mercado plena.

O governo chinês já investe uma parte importante de seus ativos em euros e se comprometeu a apoiar a Grécia, Espanha ou Portugal.
Sob pressão dos mercados, a Itália asseugou na terça-feira não ter pedido à China de ajudar o país com aquisições de sua dívida. Mas o governo confirmou ter discutido com investidores chineses possíveis investimentos industriais em solo italiano.

“A China acredita que a economia europeia possa se recuperar e vai continuar a aumentar seus investimentos na Europa”, declarou o chefe do governo chinês na abertura do evento chamado de “Forum de Verão de Davos”, em referência à cidade suíça que promove todos os anos um encontro no início do ano reunindo as principais lideranças econômicas mundiais.

De acordo com Wen Jiabao, a segunda maior economia do planeta também pretender “colaborar mais com um crescimento mundial equilibrado”. O recado foi feito diretamente aos Estados Unidos. Pequim pede que o governo americano diminua suas restrições para investimentos chineses no país bem como sobre as exportações de tecnologias sensíveis para a China.

"Acreditamos que os Estados Unidos possam superar suas dificuldades", disse Jiabao lembrando que a China, que detém mais de 1 trilhão de dólares de bônus do Tesouro americano iria "preservar a confiança e os interesses de seus investidores".

 

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