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Líbia/conferência

Comunidade internacional discute futuro da Líbia em Paris

Representantes de cerca de 60 países são esperados nesta quinta-feira para a Conferência sobre a Líbia, que acontece no palácio do Eliseu, em Paris, sede da presidência francesa. O Brasil, apesar de não integrar o Grupo de Contato para a Líbia e não reconhecer o CNT (Conselho Nacional de Transição), que representa os rebeldes, deverá participar do encontro.

Rebelde na Líbia comemora vitória em Trípoli, em frente à residência de Kadafi.
Rebelde na Líbia comemora vitória em Trípoli, em frente à residência de Kadafi. REUTERS
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A reunião começa às 17h (horário de Paris) no palácio do Eliseu, sede da presidência francesa, e será presidida pelo primeiro-ministro britânico David Cameron e o presidente francês Nicolas Sarkozy. A França e a Grã-Bretanha defenderam, desde o início, a intervenção militar da OTAN na Líbia, que culminou na queda de Kadafi. Nesta quarta-feira, durante a Conferência dos Embaixadores em Paris, Sarkozy elogiou a aliança militar-franco britânica, apoiada pela OTAN, que possibilitou a reação da oposição líbia diante das forças de Kadafi.

Durante a conferência, os líderes mundiais deverão discutir a transição do poder na Líbia, a reconstrução do país depois da guerra e a coordenação da ajuda internacional. Um das questões centrais é o desbloqueio urgente de ativos que foram congelados para sancionar Kadafi. Só na França, o ex-ditador teria acumulado mais de 7 bilhões de euros. A segurança no país e a organização de futuras eleições também estará no centro das discussões.

O chanceler turco, Ahmet Davutoglu, disse nesta quarta-feira que a Turquia espera um " reconhecimento do CNT pela comunidade internacional." Segundo ele, após o encontro, a ONU deverá se reunir para reconhecer oficialmente os rebeldes líbios. A expectativa, ainda disse Davutoglu, é que sejam liberados 175 bilhões de dólares durante o encontro. Ele também antecipou que as tropas da OTAN devem continuar no país até implantação de governos nas províncias, que possam garantir a segurança da população.

A reunião ainda terá a participação da secretária de estado-americana, Hillary Clinton, e da chanceler Angela Merkel. A China, a Rússia e o Brasil, que ainda não reconhecem o CNT (Conselho Nacional de Transição) como representante legítimo do povo líbio, também foram convidados para o encontro. Os três países também se abstiveram na reunião do Conselho e Segurança da ONU que aprovou a intervenção militar na Líbia e criou a zona de exclusão aérea.

O governo brasileiro deverá enviar o embaixador no Egito, Cesário Melantonio Neto, para representar o país no encontro. Brasil e Líbia nutriam fortes relações na era de Kadafi, já que a Líbia é um grande importador de produtos agrícolas. Uma aproximação com os rebeldes é necessária para dar continuidade a alguns contratos, mas o governo brasileiro está ciente de que essa não será a prioridade do momento.

 

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