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Síria/Violência

Conselho de Direitos Humanos da ONU deve votar resolução sobre a Síria nesta terça

O Conselho dos Direitos Humanos da ONU denunciou nesta segunda-feira, durante uma sessão extraordinária, a repressão na Síria. Nesta terça-feira, os 24 países membros devem votar uma resolução condenando a violência no país.

O presidente sírio Bashar al-Assad fez um novo discurso na TV, na noite de domingo, 21/08/2011.
O presidente sírio Bashar al-Assad fez um novo discurso na TV, na noite de domingo, 21/08/2011. Syrian TV/Reuters
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O projeto de resolução pede às autoridades sírias que "cessem imediatamente todos os atos de violência contra a população. " O texto também pede o envio urgente de uma comissão independente para investigar as violações dos direitos humanos no país desde o início dos protestos, em março de 2011, e identificar os autores do massacre contra civis. A comissão deverá entregar um relatório antes de novembro.

De acordo com as organizações não-governamentais, o conflito na Síria já teria deixado 2.200 mortos. Navi Pillay, comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, declarou durante a sessão que a "natureza desses atos pode ser considerada como crimes contra a humanidade", a partir de informações recolhidas pelos agentes da ONU no país, publicadas em um relatório na quinta-feira passada.

De acordo com a comissária, as atrocidades cometidas pelas forças armadas do país podem ser objeto de um processo na Corte Penal Internacional. Os agentes, que não puderam entrar na Síria, ouviram os depoimentos de pessoas que deixaram o território fugindo da repressão e se instalaram em países vizinhos. O documento revela que muitos habitantes foram vítimas de tortura e que as forças de segurança sírias atiravam com o intuito claro de matar: muitos dos  cadáveres foram encontradas com balas na cabeça e no peito. O representante da Síria no Conselho, Faysal Khabbaz Hamoui, reagiu e declarou que a resolução "só prolongaria crise no país."
 

Discurso de Bashar al-Assad

As principais lideranças ocidentais, inclusive o presidente americano, Barack Obama, e a União Europeia, pediram formalmente, na semana passada, que al-Assad renuncie ao governo. Mas neste final de semana o presidente sírio respondeu afirmando que os pedidos ocidentais eram "sem valor".

Em discurso na TV noite de domingo, o líder sírio alertou para os riscos de uma intervenção militar estrangeira em seu país, a exemplo do que acontece na Líbia. “Qualquer ação militar contra a Síria terá consequências muito mais graves do que se pode imaginar”, ameaçou al-Assad.

Repressão

Na última noite, milícias pró-regime mataram duas pessoas e feriam quatro em Misyaf, no centro do país. Esta manhã, três pessoas morreram e várias ficaram feridas durante uma manifestação em Homs, também no centro da Síria.

Organizações humanitárias estimam que pelo menos duas mil pessoas já foram mortas desde o início do movimento contra o regime, em março.

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