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Oriente Médio

Palestinos intensificam ataques contra sul de Israel e atingem o Egito

Tiros de morteiros lançados da Faixa da Gaza contra o sul da Israel atingiram neste domingo o Egito. O anúncio foi feito pela televisão egípcia. Os ataques palestinos continuaram hoje pelo quarto dia consecutivo e Israel estuda novas represálias.

Manifestantes egípcios voltaram a protestar neste domingo, 21/08/2011, em frente a embaixada de Israel, no Cairo.
Manifestantes egípcios voltaram a protestar neste domingo, 21/08/2011, em frente a embaixada de Israel, no Cairo. Reuters
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Mais de 100 morteiros atingiram o sul do território israelense desde o inicio desta nova onda de violência israelo-palestina, na última quinta-feira, após triplo ataque palestino que matou 8 israelenses em Eilat. Os tiros de morteiros se intensificaram nas últimas horas, matando um civil israelense no sábado.

Em represália, o exército de Israel continuou a bombardear a Faixa de Gaza. Um ataque na manhã deste domingo feriu gravemente um adolescente de 12 anos, segundo fontes médicas. Israel não exclui novas táticas de represália, como uma operação militar terrestre contra o território palestino. “Os chefes terroristas não podem dormir tranquilos e não devemos excluir nenhuma opção”, disse o vice-primeiro-ministro israelense Sylvan Shalom. Os bombardeios israelenses mataram até agora 15 palestinos e feriram mais de 50.

Os tiros de morteiros também atingiram, aparentemente por engano, o Egito neste domingo. Ninguém ficou ferido, anunciou a televisão egípcia.

Crise diplomática entre Israel e Egito

O Cairo considerou insuficientes as desculpas do ministro da Defesa de Israel, Ehud Barack, pela morte de cinco soldados egípcios na fronteira com Israel. Eles foram mortos na quinta-feira, durante a perseguição pelo exército israelense de militantes palestinos armados, após o triplo ataque de Eilat. O Egito exige desculpas oficiais e quer participar do inquérito que vai apurar o incidente. No sábado, o governo egípcio anunciou que iria convocar seu embaixador em Israel para consultas.

Pela segunda noite consecutiva, mais de mil manifestantes protestaram em frente da embaixada de Israel, no Cairo. Um dos manifestantes conseguiu retirar a bandeira israelense do prédio e hastear no lugar a bandeira do Egito. O protesto continua neste domingo e um forte esquema de segurança foi montado pela polícia egípcia para proteger a representação diplomática israelense.

Israel tenta acalmar a tensão com o Egito. O presidente israelense Shimon Peres lamentou neste domingo a morte dos cinco policias e afirmou que o tratado de paz entre o Egito e Israel, de 1979, é estratégico. Esta é a primeira crise entre os dois países desde a queda de Moubarack do poder, em fevereiro. Moubarack foi o primeiro chefe de estado árabe a assinar um tratado de paz com Israel.

 

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