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Líbia/ insurgentes

Armados por franceses, rebeldes preparam ofensiva a oeste

Os insurgentes líbios se preparam para lançar uma grande ofensiva no front oeste do país e ao sul da capital, Trípoli, com o objetivo de enfraquecer o regime de Muammar Kadafi. Os rebeldes receberam apoio bélico da França, que entregou armas à rebelião através de para-quedas na semana passada. Os ataques da Otan contra alvos militares na Líbia também se intensificaram nos últimos dias.

Em maio, presidente sul-africano, Jacob Zuma (e), havia realizado uma tentativa frustrada de negociação com Muamar Kadafi (d).
Em maio, presidente sul-africano, Jacob Zuma (e), havia realizado uma tentativa frustrada de negociação com Muamar Kadafi (d). ®Reuters
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Paralelamente, o presidente sul-africano, Jacob Zuma, deve se reunir hoje, na Rússia, com o grupo de contato internacional sobre a Líbia. A África do Sul é membro do comitê da União Africana sobre a Líbia. O convite foi feito pelo governo russo, que tem demonstrado a intenção de mediar uma solução para o conflito.

As duas cartadas pretendem acelerar a partida de Kadafi, que não tem demonstrado qualquer intenção de abandonar a presidência por espontânea vontade, cargo que ocupa há 42 anos.

Ontem, a União Africana reuniu-se na Guiné Equatorial e adotou um acordo no qual prevê o afastamento de Kadafi das negociações. Por outro lado, a cúpula recusou-se a participar do mandado de prisão da Corte Penal Internacional contra o ditador, por crimes contra a humanidade.

Em campo, os rebeldes conseguiram avançar a oeste, de acordo com o porta-voz dos insurgentes, Ahmed Omar Bani. Conforme Bani, a ofensiva militar em preparação deve entrar em ação “nas próximas 48 horas”.
Um dos principais alvos da rebelião é tomar o controle de Bir Al-Ghanam, um entroncamento estratégico situado a 50 quilômetros de Trípoli. “Nos próximos dois dias, novos acontecimentos vão se desenrolar nesta linha de front”, declarou, em Bengazi, sede do governo provisório rebelde.

Na sexta-feira, a Otan – que comanda a operação militar no país desde 31 de março - realizou bombardeios aéreos ao local, destruindo dois tanques de Kadafi. A organização anunciou que, ao longo da semana, destruiu “cerca de 50” alvos a oeste durante a semana, além de ter bombardeado a periferia leste da capital.

Proposta ignorada

Em entrevista à agência Reuters divulgada hoje, o presidente do Conselho Nacional de Transição líbia, Moustafa Abdeldjalil, informou que fez uma oferta a Kadafi para que se retire do poder por via pacífica e então decida se prefere continuar morando na Líbia ou se exilar. O ex-ministro da Justiça, que aderiu à revolução, disse que a proposta foi realizada por intermédio da ONU há cerca de um mês, e ainda não obteve resposta.

Caso optasse por continuar no país, Kadafi deveria morar em um local determinado pelos insurgentes e permanecer sob o controle da comunidade internacional, de acordo com Abdeldjalil.

 

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