Confrontos entre forças do governo e oposição se intensificam em Sanaa
Os violentos confrontos entre as forças do presidente iemenita Ali Abdallah Saleh e combatentes tribais aliados a oposição continuam nas ruas da capital Sanaa. Na última madrugada, 15 pessoas morreram elevando o balanço de vítimas nos últimos dez dias do conflito a 135 mortos.
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Milhares de combatentes tribais continuam chegando a Sanaa para reforçar as forças da oposição. Os confrontos desta quinta-feira entre manifestantes e forças governamentais foram tão violentos que o tráfego aéreo no aeroporto da capital teve que ser interrompido por algumas horas.
A capital iemenita está dividida. O norte é controlado pelos combatentes da poderosa Federação tribal Hached que decidiu apoiar o movimento de oposição ao presidente Saleh. O sul está nas mãos das forças governamentais. Os confrontos suplantaram o movimento de contestação pacífico iniciados em janeiro pedindo a queda do presidente iemenita, no poder há 33 anos.
Em entrevista coletiva ao lado do chanceler brasileiro Antonio Patriota, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton disse que o conflito no Iêmen só terá fim com a saída do presidente Saleh do poder e a transição para reformas políticas e econômicas no país. Ali Abdallah Saleh se recusa a deixar o poder, mas uma fonte governamental iemenita declarou nesta quinta-feira que o plano do Conselho de cooperação do Golfo propondo uma saída para a crise no Iêmen pode finalmente ser assinado.
O plano de transição, elaborado pelas monarquias do Golfo com a ajuda dos Estados Unidos e da União Europeia, prevê a formação de um governo de reconciliação e a demissão do presidente Saleh, antes da realização de eleições presidenciais democráticas. A oposição, que tinha assinado o acordo, e os ministros das relações estrangeiras do Conselho de cooperação do Golfo, anunciaram sua suspensão diante da recusa do presidente Saleh em aceitar o plano.
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