O G8, grupo das principais potências industrializadas do mundo, tem encontro marcado nesta quinta e sexta-feira na cidade francesa de Deauville para uma 37ª reunião de cúpula. Durante o evento os presidentes dos Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Itália, Japão, Rússia e Canadá discutem temas como a crise nos países árabes, a instabilidade econômica na zona euro e os riscos do nuclear. Sem esquecer a sucessão de Dominique Strauss-Kahn à frente do Fundo Monetário Internacional após a demissão, que deve dominar boa parte das conversas dos líderes.Mas paralelamente ao evento a própria pertinência do G8 vem sendo questionada. Muitos especialistas apontam o fato de que cada vez mais os oito poderosos têm que dividir a cena mundial com os chefes do G20, o grupo das principais economias do planeta, que inclui os países emergentes. No entanto, para o economista Jaime Marques Pereira, professor na Universidade de Picardia, na França, e membro do laboratório de pesquisas Criisea, se o G8 continua contando no cenário econômico do planeta, isso se deve a um enfraquecimento do G20 nos últimos tempos.