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Síria/Manifestação

Sírios denunciam repressão violenta aos opositores do regime

Na Síria, esta terça-feira será um dia de solidariedade com os prisioneiros detidos nos últimos dias durante as manifestações na capital Damasco, em Banias e em outras cidades do país. O Jornal Oficial da União Europeia publicou hoje a decisão adotada pelo bloco de um embargo de armas à Síria e a proibição da entrada e bloqueio de bens de 13 integrantes e colaborares do regime. Na lista está um irmão mais novo do presidente Bachar Al-Assad, Maher Al Assad, de 43 anos, chefe da Guarda Republicana da Síria. Ele é apontado como um dos maiores responsáveis pela onda de repressão no país.

AFP
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Analistas estimam que Bachar Al-Assad continua no poder graças à fidelidade do exército e à letargia da comunidade internacional. “O mundo trata com prudência o dossiê sírio que parece ter ganhado a primeira parte da batalha, mesmo se essa vitória tenha sido obtida com um banho de sangue”, afirmou um analista sírio que vive na Jordânia. Para ele, Israel estaria satisfeito com o atual regime e os Estados Unidos precisam de seu apoio ao dossiê iraquiano, pois a Síria exerce uma influência importante sobre a resistência iraquiana sunita, além de um papel de mediador entre Washington e Irã.

Um opositor sírio, Abou adham, disse que a comunidade internacional optou pela letargia porque quer evitar o caos às portas de Israel, a fronteira síria com o Estado hebreu sendo a mais segura desde o estabelecimento de uma zona desmilitarizada em 1974.

Jornalista da Al Jazeera

O jornal al-Watan, próximo do poder na Síria, afirmou nesta terça-feira que a jornalista Dorothy Parvez, do canal de televisão Al Jazeera, com sede no Qatar, deixou Damasco no dia 1° de maio sem indicar sua destinação. De acordo com Al Jazeera, Parvez, de 39 anos, tinha sido detida quando chegou a Damasco, no dia 29 de abril. Ma segundo as autoridades locais, a jornalista teria sido impedida de entrar no país, pois estava com um visto de turista, enquanto seu material indicava que ela tinha a intenção de “cobrir os acontecimentos”. A TV Al Jazeera está sendo muito criticada na Síria por sua cobertura “exagerada” do movimento de revolta popular no país.

 

 

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