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Líbia/ Otan

Otan admite que proteção de civis na Líbia tem limites

A Otan admitiu que se encontra limitada para proteger as populações civis de Misrata, a oeste da capital da Líbia, Trípoli, porque as forças do ditador Muammar Kadafi estão escondendo seus tanques e armamentos sob escudos humanos, formados por civis. “No mandato atual, e levando em conta a maneira através da qual nós somos autorizados a proceder, o uso da força aérea para proteger os civis líbios tem limites”, disse o general Mark van Uhm, da Otan, em Bruxelas.

General Mark van Uhm garante que a Otan continua pronta para coordenar a operação na Líbia.
General Mark van Uhm garante que a Otan continua pronta para coordenar a operação na Líbia.
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Segundo van Uhm, a mudança da estratégia militar dos apoiadores de Kadafi impede uma ofensiva mais radical da organização. Ele disse que, mesmo assim, já foram destruídos ao menos 40 tanques na cidade e nos arredores.

Em seis semanas, mais de mil pessoas já morreram e 3 mil ficaram feridas nos confrontos em Misrata, de acordo com médicos da cidade. A luta pelo controle da cidade vem sendo palco de violentos confrontos entre insurgentes e apoiadores do ditador.

A França, que participa da ação militar na Líbia desde o início e contesta o fato de que o controle das operações esteja nas mãos na Otan, voltou a criticar o comando da Aliança Atlântica. “Estou particularmente indignado pela sorte que está sendo dada a Misrata. As condições meteorológicas não são sempre favoráveis, mais um canhão, dá para ver”, ironizou o ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé.

“A pressão militar deve ser mantida e mesmo acentuada às forças de Kadafi”, avaliou o chanceler. Ele ainda reiterou que é contrário ao envio de tropas terrestres ocidentais à Líbia, e que a França não possui soldados destacados no país.

A Otan informou que a ajuda humanitária internacional continua conseguindo chegar em Misrata por terra, mar e ar, e um corredor de acesso isolado por militares não era necessário por enquanto. A União Européia indicou que estaria pronta para criar um, se a ONU julgasse importante. Van Uhm assegurou que a Otan permanece pronta para continuar no comando da operação.

Londres vai enviar conselheiros militares a Benghazi

O ministro britânico das Relações Exteriores, Willian Hague, afirmou hoje que vai enviar conselheiros militares para Benghazi, sede dos rebeldes na Líbia, onde um escritório diplomático britânico está em funcionamento. Ao menos 20 “experientes militares” vão integrar a missão, a partir de uma data que não foi informada “por razões de segurança”, conforme nota do ministério.

Os militares vão “aconselhar o Conselho Nacional de Transição (CNT) sobre formas de melhorar suas estruturas de organização militares, suas comunicações e sua logística, assim como sobre os melhores meios de distribuir ajuda humanitária e assistência médica”, conforme o comunicado. O ministério sublinhou que a mobilização está conforme à resolução 1973 da ONU, que exclui ocupação militar na Líbia, e que os militares não treinarão nem fornecerão armas à oposição líbia.

Nesta quarta-feira, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, vai receber o presidente do CNT, Moustapha Abdeljalil, que estava hoje na Itália.

 

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