FAO pede igualdade entre homens e mulheres na agricultura
Na véspera do Dia Internacional da Mulher, a organização das Nações Unidas para alimentação e agricultura (FAO) pediu mais igualdade entre homens e mulheres trabalhadores do setor agrícola, com o intuito de diminuir a fome no mundo.
Publicado em:
Segundo o relatório da instituição publicado nesta segunda-feira em Roma, se houvesse igualdade entre homens e mulheres no setor rural, as produções agrícolas aumentariam e seria possível acabar com a fome de 100 a 150 milhões de pessoas.
Nos países em desenvolvimento, as mulheres representam uma média de 43% da mão-de-obra do setor, porém, na América Latina, elas trabalham em apenas 20% das produções agrícolas. Já no leste e sudoeste asiático, assim como na África, as mulheres representam quase 50%.
No grupo dos proprietários de terrenos rurais, as mulheres ficam com 3 à 20%. Seus rendimentos são menores em relação aos homens devido ao fato de trabalharem em operações menores e utilizarem menos insumos, como fertilizantes, sementes e até mesmo ferramentas.
"A política agrícola deve ser uma política de paridade entre homens e mulheres. Os governos, organizações internacionais e agências de desenvolvimento devem se empenhar nesse assunto", disse Ann Tutwiller, diretora adjunta da FAO.
O diretor da instituição, Jacques Diouf, completou afirmando que é preciso eliminar toda e qualquer forma de discriminação contra as mulheres nas legislações, garantir mais acessibilidade aos recursos, adotar políticas e programas agrícolas sociais e ouvir a voz das mulheres nos momentos de decisão em todos os níveis. Para ele, a igualdade entre homens e mulheres não é somente um nobre ideal e sim crucial para o desenvolvimento agrícola e a segurança alimentar.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro