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China/Imprensa

Governo chinês aumenta repressão contra a imprensa

Com medo de um contágio no país, o governo chinês aumenta a pressão sobre a imprensa, pedindo a cooperação dos jornalistas. Correspondentes estrangeiros têm sido vítimas de agressão.

Em Pequim, as ruas estão estão sendo vigiadas pelas autoridades chinesas, que temem novas manifestações
Em Pequim, as ruas estão estão sendo vigiadas pelas autoridades chinesas, que temem novas manifestações REUTERS/Petar Kujundzic
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Acusada de impedir à força a imprensa de cobrir as recentes tentativas de manifestação por parte de opositores do regime de Pequim, a China voltou a intimidar os jornalistas estrangeiros. Eles estão recebendo telefonemas da polícia, que pede o respeito das leis em vigor no país.

A China proíbe, por exemplo, fotografias e filmagens em determinadas áreas de Pequim e de outras grande cidades. "É importante manter a ordem pública, os jornalistas devem cooperar", afirmou o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Jiang Yu.

Neste fim de semana, alguns correspondentes chegaram a ser detidos por algumas horas por estarem cobrindo, no centro de Pequim, uma primeira tentativa de manifestação convocada por anônimos pela internet. Um cinegrafista da Bloomberg News foi agredido a pontapés por forças de segurança e teve sua câmera de vídeo confiscada.

A reação foi imediata por parte de representantes diplomáticos da Europa e dos Estados Unidos, além de organizações como a Repórter Sem Fronteiras, que denunciam uma atitude inaceitável dos policiais com o uso da força e da violência contra os jornalistas. "A China deve respeitar o direito da imprensa estrangeira de informar sobre a situação no país", declarou o embaixador americano Jon Huntsman.

As tensões só devem aumentar. Apesar das censuras na internet, uma nova mensagem foi difundida na rede, nesta segunda-feira, convocando para manifestações em 35 cidades chinesas no próximo domingo.
 

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