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Iêmen/Protesto

100 mil pessoas pedem queda do regime na capital do Iêmen

Uma manifestação convocada pela oposição iemenita reuniu 100 mil pessoas nesta quinta-feira, na capital do Iêmen, para pedir a queda do presidente Ali Abdallah Saleh, no poder há 32 anos. Inspirados nos movimentos de contestação vistos na Tunísia e no Egito, os iemenitas querem a queda de um regime considerado "corrupto e tirânico".

Cem mil pessoas desfilaram na capital do Iêmen para pedir a queda do presidente Ali Abdallah Saleh, no poder há 32 anos.
Cem mil pessoas desfilaram na capital do Iêmen para pedir a queda do presidente Ali Abdallah Saleh, no poder há 32 anos. REUTERS/Khaled Abdullah
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Os líderes árabes começam a prometer reformas para evitar a qualquer preço que movimentos como a revolução tunisiana e a onda de protestos no Egito tomem conta de outros países da região. Nesta quinta-feira, pelo menos 100 mil pessoas participaram de uma manifestação pacífica nas ruas de Sanaa, a capital do país, para pedir a renúncia do presidente Ali Abdallah Saleh, no poder há 32 anos. Saleh ainda tentou na véspera esvaziar o protesto, anunciando que não pretende se candidatar à reeleição nem indicar seu filho como sucessor. Mas a proposta de diálogo feita à oposição foi rejeitada pelos manifestantes, que saíram em massa nas ruas contra o que consideram um regime injusto.

A manifestação, que já é a maior realizada no Iêmen em três décadas, foi organizada pelo Fórum Comum, uma aliança de parlamentares da oposição. O partido do presidente (CPG) ainda tentou dispersar os manifestantes promovendo uma contra-manifestação na praça Al-Tahrir, mesmo local escolhido pelos opositores para o protesto. Mas a estratégia falhou e rapidamente os manifestantes se dirigiram para outro local.

O deputado Najib Ghanem, do partido islâmico Al-Islah, integrante da aliança de oposição, disse que o protesto é um "ato de luta pacífica para derrubar um regime tirânico e corrupto". "A revolta pela justiça começou na Tunísia, continua no Egito e amanhã seremos nós que vamos nos livrar da injustiça", disse o parlamentar aos manifestantes. O governo enviou milhares de policiais àr ruas da capital, mas eles ficaram à distância sem intervir diretamente contra os manifestantes. Cartazes diziam "não a um regime hereditário, não a uma prolongação do mandato de Saleh".

A manifestação terminou sem incidentes no início da tarde, no horário em que os iemenitas têm o hábito de consumir o qat, uma folha de um arbusto que, mascada, torna-se estimulante e faz parte de um rito nacional. Além de Sanaa, protestos contra o presidente iemenita também aconteceram nas cidades de Aden, Taez e Ibb.

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