Ex-presidente de Israel é condenado por estupro e assédio sexual

O Tribunal do Distrito de Tel-Aviv reconheceu nesta quinta-feira o ex-presidente israelense Moshé Katzav culpado pelo estupro de uma ex-funcionária do seu gabinete, na época em que ele ocupou o cargo de ministro do Turismo, na década de 90. Ele também foi considerado culpado por atentado ao pudor e assédio sexual em outros processos.

O ex-presidente israelense Moshé Katzav (dir.) foi considerado culpado pelo estupro de uma ex-funcionária de seu gabinete. Reuters

O julgamento do ex-presidente israelense Moshé Katzav é o epílogo de uma história judicial que começou em julho de 2006, quando vieram à tona revelações de envolvimento do político, nascido no Irã, em vários escândalos sexuais. O Tribunal do Distrito de Tel Aviv considerou Katzav culpado de estupro e assédio sexual contra três ex-funcionárias que trabalharam com ele na época em que foi ministro do Turismo, na década de 90. Os jurados justificaram a decisão afirmando que Katzav deu declarações contraditórias e mentiu durante as audiências. 

Katzav foi o primeiro representante da direita israelense a assumir a presidência de Israel, um cargo simbólico que tradicionalmente reconhece a trajetória de sucesso de um político. Ele pode ser condenado a uma pena que vai de 8 a 16 anos de prisão. O veredito deve ser anunciado em janeiro.

Em um comunicado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que "o tribunal enviou duas mensagens claras sobre a igualdade de todos diante da lei". Indiciado no dia 19 de março do ano passado, Katzav rejeita as acusações e reafirma sua inocência. O ex-presidente poderá recorrer da sentença.