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Iraque/Justiça

Ex-ministro de Saddam Hussein é condenado à morte no Iraque

A Corte penal iraquiana condenou à morte nesta terça-feira o ex-vice-primeiro ministro do Iraque, Tareq Aziz, por sua participação na repressão contra a comunidade xiita nos anos 80. O anúncio foi feito pela rede estatal de televisão do Iraque.

O ex-primeiro ministro de Saddam Husseim, Tareq  Aziz, foi condenado à pena de morte no Iraque por sua participação na eliminação de partidos religiosos.
O ex-primeiro ministro de Saddam Husseim, Tareq Aziz, foi condenado à pena de morte no Iraque por sua participação na eliminação de partidos religiosos. Reuters
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"A Alta Corte penal iraquiana emitiu uma ordem de execução de Tareq Aziz por sua participação na eliminação de partidos religiosos", informou a rede de tv Al-Irakya.

Além de Tareq Aziz, outros dois responsáveis pelo regime de Saddam Hussein, o ex-ministro do Interior, Saadoun Shaker, e o ex-secretário do ditador, Abid Hamoud, foram condenados à morte.

Eles foram condenados pela repressão contra a maioria xiita do Iraque após uma tentativa de assassinato a Saddam Hussein em 1982 na cidade de maioria xiita de Doujail, no norte de Bagdá. Uma segunda onda de repressão foi realizada após uma tentativa de rebelião contra o regime em 1991.

De acordo com a lei iraquiana, essas condenações devem ser confirmadas pelo Conselho Presidencial antes de serem executadas.

Saúde debilitada

Tareq Aziz era o único cristão que fazia parte do círculo restrito do ex-ditador Saddam Hussein e se entregou às tropas americanas em abril de 2003.

Ex-ministro da Informação, vice-primeiro ministro e chanceler do Iraque, Aziz foi condenado em março de 2005 a 15 anos de prisão por "crimes contra a humanidade" no processo que investigou a execução de 42 comerciantes em 1992. No mesmo ano, a Alta Corte penal do Iraque o condenou a sete anos de prisão por seu papel nos abusos contra os curdos xiitas nos anos 80.

Fiel a Saddam Hussein até o fim da vida do ex-ditador, Tareq Aziz foi transferido, em julho, para um campo de detenção americano na prisão de Kazimiya.

Seu advogado afirmou, no início de setembro, que o governo iraquiano poderia liberá-lo diante da fragilidade de seu estado de saúde. O gabinete do primeiro-ministro iraquiano desmentiu.

A família do ex-braço direito de Saddam Hussein pediu várias vezes sua libertação por razões médicas, já que ele sofreu duas paradas cardíacas. Segundo Ziad Azis, filho de Tareq, seu pai não consegue mais caminhar e estaria com a saúde muito comprometida.

 

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