Relatório da ONU denuncia 'brutalidade' no ataque israelense a navio
O ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet Davoglu, elogiou nesta quinta-feira a imparcialidade da investigação das Nações Unidas sobre o ataque israelense à Flotilha da Liberdade, em maio. O documento afirma que Israel violou o direito internacional.
Publicado em:
Segundo o relatório da Comissão de Direitos Humanos da ONU divulgado nesta quarta-feira, existem provas de que Israel cometeu crimes, incluindo homicídio intencional e tortura no episódio que provocou a morte de nove turcos. Os especialistas da ONU denunciam "um nivel inaceitável de brutalidade".
"O relatório está de acordo com as nossas expectativas. Espero que Israel aja a partir de agora dentro dos limites do direito internacional", afirmou o chanceler turco Ahmet Davoglu.
O governo israelense rejeitou o relatório, afirmando que o documento é parcial e partidário.
Antigos aliados, Turquia e Israel tiveram suas relações abaladas com a ofensiva israelense de dezembro de 2008 à Faixa de Gaza. A tensão aumentou após o ataque à flotilha.
Para que as relações entre os dois países sejam normalizadas, a Turquia exige que Israel peça desculpas, pague indenizações e retire o embargo econômico à Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahou, já afirmou que não pedirá desculpas pelo ataque à Flotilha da Liberdade.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro