China ordena inspeção de aviões após acidente com jato da Embraer
A China ordenou a inspeção de aviões em larga escala após acidente na terça-feira com o jato da Embraer, no noroeste do país, que não conseguiu aterrissar e se chocou contra o solo. Cerca de 1500 aviões devem ser inspecionados para evitar novas catástrofes.
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Depois da queda do E-190 da Embraer na última terça-feira ter feito 42 vítimas mortais e 54 feridos, o governo chinês começou uma campanha que vai envolver todas as companhias aéreas. Segundo a agência oficial Xinhua, a Aviação Civil da China já tinha detectado há alguns meses falhas técnicas em um dos 30 aparelhos E-190 da Embraer que operavam na China. 29 aviões da construtora brasileira ainda estão em atividade. O governo central quer agora garantir a segurança aérea através da inspeção geral.
Ainda não se sabe, porém, se o acidente foi causado por falha técnica ou humana. A Embraer enviou uma equipe de peritos técnicos para a China. A companhia brasileira informou que esta foi a primeira vez que ocorreu um acidente fatal com um avião da Embraer. A China é um dos maiores clientes da Embraer, que já tem dois parceiros econômicos chineses.
A China tem milhares de voos internos por dia. Após o acidente de terça-feira, a população está com medo de realizar viagens regionais de curtas distâncias. O avião que caiu efetuava um percurso de somente 40 minutos. Entre os 54 sobreviventes, está o vice-ministro chinês dos Recursos Humanos.
A falta de visibilidade noturna do aeroporto local de Yindu, onde ocorreu o acidente, já tinha levado várias companhias a cancelarem os voos noturnos para a cidade. Mas será preciso esperar o exame da caixa-preta do avião para começar a entender as causas da tragédia.
Colaboração de Maria João Belchior, correspondente da RFI em Pequim
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