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Paquistão/Inundações

Dinheiro para ajudar vítimas do Paquistão está acabando

Uma semana depois do apelo à comunidade internacional para a doação de US$460 milhões, a ONU alerta: as doações chegam lentamente e os recursos estão chegando ao fim.

As vítimas das inundações no Paquistão, refugiadas em um acampamento, disputam um saco de farinha.
As vítimas das inundações no Paquistão, refugiadas em um acampamento, disputam um saco de farinha. REUTERS
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Uma entre dez pessoas está afetada, direta ou indiretamente, pela catástrofe das enchentes no Paquistão. No total, elas são mais de 15,4 milhões, sendo que seis milhões são consideradas extremamente vulneráveis.

Para enfrentar esta situação humanitária dramática, a ONU lançou um apelo, no dia 11 deste mês, pedindo US$460 milhões à comunidade internacional; 35% desse total já foram doados, o equivalente a US$161 milhões. Outros US$43 milhões foram prometidos, mas ainda não entraram no caixa.

Os agentes humanitários estão cada dia mais preocupados com a lentidão da chegada da ajuda, temendo o pior, ou seja, que os recursos se esgotem.

Falta de fundos

O Programa Alimentar Mundial (PAM) calcula que se cumprir sua meta de doações neste mês de agosto, seus estoques poderão estar desfalcados em setembro. A previsão é que a demanda aumente de forma considerável nas províncias mais atingidas, Penjab, Sind e Baluquistão.

Já a UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância - se preocupa com a falta de fundos, o que causaria atraso na distribuição de assistência e um aumento de risco de mortalidade. A UNICEF calcula que sete milhões de crianças foram atingidas de alguma forma pelas inundações, das quais 3,4 milhões estão expostas a riscos de doenças relacionadas à água como falta de água potável e insalubridade.

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados une-se às outras agências para denunciar as consequências da lentidão da ajuda. «Globalmente, estimamos que existe um grave risco e que a comunidade internacional não compreendeu ainda a urgência da situação», declarou Andrej Mahecic, porta-voz do Alto Comissariado.

Ouça o depoimento de Maria Fernanda, da ong Médicos sem Fronteiras, no Paquistão

01:39

Maria Fernanda, Médicos Sem Fronteiras, no Paquistão

 

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