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EUA/Coreias

Em visita a Seoul, Hillary Clinton anuncia sanções contra Coreia do Norte

Entre as medidas, estão congelamento de bens de bancos, cancelamento de compra e venda de armas, e restrição à entrada de diplomatas norte-coreanos nos Estados Unidos.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, com o ministro das Relações Exteriores sul-coreano, Yu Myung -hwan.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, com o ministro das Relações Exteriores sul-coreano, Yu Myung -hwan. Reuters
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A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, anunciou nesta quarta-feira, em visita a Seul, que os Estados Unidos vão impor novas sanções econômicas e diplomáticas à Coreia do Norte, cujas relações com a Coreia do Sul pioraram após o naufrágio de uma embarcação sul-coreana no dia 26 de março.

Hillary disse que Washington estuda congelar os bens de bancos ou pessoas que realizem atividades vinculadas com a proliferação nuclear, além de restringir a entrada de diplomatas norte-coreanos nos Estados Unidos e cancelar a compra e venda de armas.

As declarações foram feitas em entrevista coletiva, depois de uma reunião da secretária de Estado norte-americana com seu colega sul-coreano, Yu Myung-hwan, e os ministros da Defesa dos EUA e da Coreia do Sul.

Hillary fez questão de destacar que as medidas não são contra o povo norte-coreano, mas sim uma resposta à política de Pyongyang no setor nuclear.

"O objetivo destas sanções é aumentar a pressão sobre o governo norte-coreano, que já está bastante isolado", afirmou a secretária.

Segundo Hillary, os Estados Unidos poderão retomar as negociações sobre o programa nuclear da Coreia do Norte se os dirigentes do Estado comunista derem um sinal positivo neste sentido, o que por enquanto não é o caso.

Acho oportuno mostrar nosso apoio à Coreia do Sul, um aliado leal, e enviar uma mensagem clara à Coreia do Norte

Hillary Clinton

As fortes tensões entre as duas Coreias continuam, quatro meses depois que a corveta sul-coreana Cheonan foi abatida por um tiro de míssel da Coreia do Norte. Quarenta e seis marinheiros morreram. O Conselho de Segurança da ONU adotou em 9 de julho uma resolução condenando o ataque, mas sem acusar explicitamente a Coreia do Norte.

O objetivo da visita de Hillary Clinton e do ministro da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, à Coreia do Sul é dar apoio ao aliado depois do naufrágio.

"Após este ataque, acho particularmente oportuno mostrar nosso apoio à Coreia do Sul, um aliado leal, e enviar uma mensagem clara à Coreia do Norte", declarou Hillary, classificando essa viagem como um testemunho de solidariedade.

EUA e Coreia do Sul farão manobras militares no Mar do Japão no domingo

Acompanhada por Gates, a secretária de Estado esteve na manhã desta quarta-feira na zona desmilitarizada que divide a península coreana desde o armistício de 1953, uma linha de 245 km de, vigiada por quase dois milhões de homens. Foi um gesto simbólico para expressar apoio a Seul em seu confronto com a Coreia do Norte.

Horas antes da visita, os dois países anunciaram a realização de manobras militares conjuntas no próximo domingo, no Mar do Japão, na tentativa de evitar novas agressões por parte dos norte-coreanos.

O primeiro exercício acontecerá de 25 a 28 deste mês, mobilizará oito mil americanos e sul-coreanos, vinte navios e submarinos e cerca de duzentos aviões. Mais dez exercícios conjuntos, especialmente no campo da defesa submarina, serão realizados nos próximos meses, no Mar do Japão e no Mar Amarelo.
 

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