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Turquia/Israel

Turquia ameaça romper relações com Israel

Nesta segunda-feira, a Turquia ameaçou romper relações diplomáticas com Israel caso não receba um pedido de desculpas públicas pelo ataque à flotilha turca de ajuda humanitaria à Faixa de Gaza, no final de maio.

A flotilha turca Mavi Marmara que saiu do porto de Istambul no final de maio levando ajuda humanitária para Faixa de Gaza.
A flotilha turca Mavi Marmara que saiu do porto de Istambul no final de maio levando ajuda humanitária para Faixa de Gaza. Reuters/Emrah Dalkaya
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Apesar da advertência do governo turco, Israel é inflexível e o ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, já anunciou que nunca se desculpará pelo ataque à flotilha, que causou a morte de nove pessoas. A resposta israelense é inflexível, o país não se desculpará jamais pelo ataque, afirmou um alto responsável do governo de Benjamin Netanyahou. A represália da Turquia se estende também ao espaço aéreo, os voos militares entre seu território e Israel estão suspensos.

Investigações

O governo israelense anunciou no domingo sua decisão de aumentar os poderes da comissão pública israelense independente, que investiga o ataque à flotilha internacional de ajuda humanitaria no dia 31 de maio. O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, havia tentado controlar as investigações, mas acabou aceitando a reivindicação do presidente da comissão. Testemunhas civis poderão ser ouvidas, mas os militares não poderão testemunhar e a comissão devera se contentar com os resultados de uma investigação interna do exército.

Esta decisão pode diminuir as pressões de Washington no encontro entre o primeiro-ministro israelense e o presidente Barack Obama nesta terça-feira, nos Estados Unidos. De acordo com o porta-voz do governo norte-americano, Obama espera que Netanyahu apresente um relatório preliminar sobre a tragédia da flotilha. Os dois chefes de Estado devem discutir também o prolongamento da suspensão da colonização israelese na Cisjordânia, que acaba em setembro.

A comissão ministerial israelense rejeitou neste domingo um projeto de lei que estabelecia que qualquer prolongamento da suspensão deveria ser aprovado pelo parlamento. A decisão deixa Netanyahu em uma posição difícil. O presidente Obama quer o prolongamento da suspensão da colonização na Cisjordânia, mas os líderes da coalizão atual no poder em Israel são contra a extensão da moratória e qualquer tipo de concessão aos palestinos.

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