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Quirguistão

Número de mortos no Quirguistão pode ser dez vezes maior

A presidente interina do Quirguistão, Rosa Otounbaieva, chegou nesta sexta-feira ao sul do país para tentar acalmar as tensões causadas pelos violentos confrontos interétnicos que tiveram início há 1 semana.

Rosa Otounbaïeva, presidente interina do Quirguistão
Rosa Otounbaïeva, presidente interina do Quirguistão AFP/Vyacheslav Oseledko
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Vestindo colete a prova de balas, Otounbaieva aterrissou de helicóptero no cento da cidade de Osh, a segunda maior do país, onde os conflitos foram os mais violentos. Antes de embarcar, ainda na capital Bishek, a presidente interina reconheceu que o número de vítimas fatais pode ser dez vezes maior do que o balanço oficial de 192 mortos.  "Não é que escondemos a verdade, mas não temos mais os números. Muitos enterram os mortos sem comunicar oficialmente as autoridades", explicou.

Em Osh, Rosa rebateu as críticas de que o governo provisório é incapaz de acabar com os ataques entre kirguizes e a minoria uzbeque. "Sempre vivemos juntos e continuaremos a viver juntos" afirmou. Rosa Otoubaieva não deve visitar os bairros uzbeques que foram devastados.

Nesta quinta-feira, postos e patrulhas militares conseguiram manter a calma no centro de Osh. As violências étnicas no Quirguistão provocaram uma grave crise humanitária. Cerca de 400 mil pessoas da etnia uzbeque deixaram suas casas fugindo dos confrontos. Entre elas, 100 mil se refugiaram no vizinho Uzbequistão.

A ajuda humanitária internacional começou a sr distribuída nesta quinta-feira aos refugiados. O Quirguistão vive um momento de instabilidade política desde o mês de abril, quando uma revolta derrubou o presidente Kurmanbek Bakiev. O governo interino acusada os partidários do presidente deposto de serem responsáveis pela onda de violência é étnica, a pior desde a queda da União Soviética em 1991.
 

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