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Quirguistão

Violência diminui no Quirguistão mas refugiados preocupam

A terça-feira amanheceu mais calma no sul do Quirguistão, após quatro dias de intensa violência interétnica. Os confrontos entre quirguizes e a minoria uzbeque diminuíram. Mas a situação humanitária dos 250 mil refugiados no Uzbequistão continua preocupante. A maioria dos refugiados são mulheres e crianças de origem uzbeque que moravam no país vizinho.

A população Uzbeque, perseguida, tenta atravessar a fronteira do Quirguistão.
A população Uzbeque, perseguida, tenta atravessar a fronteira do Quirguistão. Reuters
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Os cinco dias de violência interétnica no sul do Quirguistão já deixaram pelo menos 170 mortos e 1.700 feridos, além de 250 mil refugiados. A presidente interina Rosa Otounbaïeva declarou nesta terça-feira que o país não necessita do envio de uma missão de paz. Otounbaïeva informou que, apesar da onda de violência, o referendo constitucional previsto no dia 27 de junho está mantido.

Com dificuldades para acolher os milhares de refugiados, o governo do Uzbequistão fechou nessa quarta-feira a fronteira com o Quirguistão. A onda de violência entre quirguizes e a minoria uzbeque afetou principalmente os municípios de Och e Djala-Abad, duas grandes cidades do sul do país. Refugiados uzbeques acusam as forças de segurança quirguizes de ajudar grupos de pessoas armadas a cometer massacres. Jornalistas da agência de notícias France Presse presentes na região afirmam ter visto negociações para a troca de "reféns" entre grupos de homens quirguizes e uzbeques.

Os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU pediram um retorno ao "estado de direito" no Quirguistão. A Rússia qualificou a situação de intolerável.

Em uma reunião extraordinária realizada nesta terça-feira em Viena, a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) propôs ajuda às autoridades quirguizes para restabelecer a ordem no sul do país. A organização, que reúne 56 países, entre eles o Quirguistão, defendeu uma ação imediata para controlar a onda de violência.
 

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